Leticia Spiller revela história de abuso na infância por parente e assédio no início da carreira

A renomada atriz Leticia Spiller, prestes a completar meio século de vida, partilhou em entrevista recente experiências traumáticas vividas durante sua infância e início de carreira. Numa conversa sincera e franca, Spiller falou ao jornal O Globo sobre o abuso que sofreu de um familiar e as dificuldades que enfrentou no cenário televisivo.

Abuso sutil na infância e adolescência

Spiller expôs os abusos sofridos durante sua infância e adolescência, perpetrados por um membro de sua própria família. A atriz revelou que, embora o abuso fosse sutil e não envolvesse agressão física, era palpável. Ela mencionou que acreditava que o comportamento do abusador - que se manifestava através de abraços inapropriados - era normal.

Enfrentando a inconveniência

Em um episódio separado, a atriz relatou um incidente em que foi tocada inadequadamente por um jovem de 18 anos em um evento escolar. Na ocasião, Spiller reagiu de forma assertiva, tomando a iniciativa de confrontar e repreender o indivíduo por seu comportamento inapropriado.

Desafios na indústria televisiva

Spiller, que ingressou na indústria televisiva em 1989 como paquita da Xuxa e manteve um contrato com a emissora Globo por 29 anos até ser dispensada em 2021, também compartilhou suas observações sobre o assédio que muitas atrizes sofrem na indústria. Ela observou que diretores de TV costumavam abusar de seu poder para assediar as atrizes. Apesar de Spiller nunca ter sido vítima direta, afirmou ter conhecimento de várias histórias de assédio contadas por colegas. Contudo, a atriz reconheceu uma mudança para melhor no ambiente de trabalho atual, com um respeito mais acentuado na relação entre os envolvidos em uma produção.

As revelações feitas por Spiller levantam questões importantes sobre o abuso e assédio que são prevalentes, não apenas na indústria do entretenimento, mas também em contextos familiares e educacionais. A sua história, embora trágica, é um lembrete de que é preciso confrontar esses comportamentos para garantir ambientes seguros para todos.