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Política

Dois indicados por Alexandre Silveira são presos em operação da PF contra fraudes na mineração

Delegado Rodrigo de Melo Teixeira e advogado Caio Mário Trivellato Seabra Filho, ligados ao ministro de Minas e Energia, foram alvos da Operação Rejeito

18/09/2025 às 13:53 por Redação Plox

A Operação Rejeito, deflagrada nesta quarta-feira (17/9) pela Polícia Federal, resultou na prisão de dois nomes indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), para cargos estratégicos ligados ao setor de mineração. Entre eles estão o delegado da PF Rodrigo de Melo Teixeira e o advogado Caio Mário Trivellato Seabra Filho.


Imagem Foto: Presidência

Rodrigo de Melo Teixeira, que já havia ocupado o posto de diretor de Polícia Administrativa no início do governo Lula, deixou a função no fim de 2024. Em março de 2025, foi nomeado para a diretoria administrativa da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Poucos meses depois, em setembro de 2024, foi indicado ainda para o Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, função que, segundo a revista Veja, contou com o aval de Silveira.


Já Caio Mário Trivellato Seabra Filho foi indicado para a diretoria da Agência Nacional de Mineração (ANM) pelo mesmo ministério. Sabatinado e aprovado pelo Senado em dezembro de 2023, sua nomeação teve assinatura formal do ministro da Casa Civil, Rui Costa, mas partiu da pasta de Minas e Energia. A PF aponta que ele teria favorecido a empresa Aiga Mineração em troca de propina.


Em nota, Alexandre Silveira afirmou que, embora as indicações passem pelo Ministério de Minas e Energia, os processos de avaliação seguem ritos legais, conduzidos de forma independente por órgãos externos.
“O Ministério é responsável, exclusivamente, pela formulação das políticas públicas para a gestão responsável dos recursos minerais do país”

, declarou a pasta.

Além das indicações, o ministro recebeu R$ 100 mil em doação eleitoral para sua campanha ao Senado em 2022 do ex-deputado mineiro João Alberto Lages, preso também na operação. Apontado como articulador político do esquema criminoso, Lages, segundo a PF, era responsável por tráfico de influência, manipulação normativa e coordenação de ações junto a órgãos ambientais e culturais.


As investigações mostram que Rodrigo Teixeira mantinha proximidade com Lages, o que levou à descoberta de uma empresa de mineração ligada ao delegado. Empresários teriam cedido direitos minerários à empresa em troca de influência na administração pública. A Petrobras informou que Teixeira renunciou ao cargo no comitê nesta quarta-feira, negando qualquer relação com os fatos investigados.


A estrutura do esquema incluía pagamento de propina a servidores para liberar projetos minerários irregulares, como a exploração da Serra do Curral, em Belo Horizonte. Órgãos como ANM, Iphan, Feam-MG e Semad-MG foram envolvidos.


Entre os investigados, está Rodrigo Gonçalves Franco, presidente da Feam-MG até quatro dias antes da operação, quando foi exonerado pelo governador Romeu Zema. Preso preventivamente, Franco é apontado pela PF como um dos principais agentes cooptados, recebendo propina de forma recorrente. O secretário de Comunicação de Minas, Bernardo Santos, declarou:
“Já havia muito burburinho e fofocas sobre a postura dele à frente da Feam. A gente decidiu, para evitar qualquer risco, exonerá-lo. Por uma ocasião do destino, a gente exonera e quase imediatamente ele é preso pela Polícia Federal”

Segundo a PF, o esquema teria movimentado mais de R$ 1,5 bilhão, envolvendo agentes públicos e mineradoras, com forte impacto em áreas de preservação ambiental de Minas Gerais.


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