Política

Vereadora do PT pode ser cassada por pagar ato contra Bolsonaro com verba pública

Comissão da Câmara de Natal aprova parecer que recomenda cassação de Brisa Bracchi por uso de R$ 18 mil em emendas para financiar manifestação ligada à prisão de Bolsonaro.

18/11/2025 às 09:21 por Redação Plox

A vereadora Brisa Bracchi, do PT, pode perder o mandato após a Comissão Especial Processante da Câmara Municipal de Natal aprovar o parecer que pede sua cassação. O documento conclui que a parlamentar utilizou verbas públicas para financiar um ato político relacionado à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Vereadora Brisa Bracchi

Vereadora Brisa Bracchi

Foto: Otávio Augusto/Câmara Municipal de Natal


Parecer recomenda cassação após denúncia

O relatório, elaborado pelo vereador Fulvio Saulo (Solidariedade), foi finalizado e apresentado à comissão, composta também por Anne Lagartixa (Solidariedade) e Daniel Valença (PT). Durante a votação, apenas Valença se manifestou contra o parecer. O processo foi motivado por uma denúncia do vereador Matheus Faustino (União Brasil), que acusa Brisa de ter destinado R$ 18 mil de emendas parlamentares para um evento que comemorou a prisão de Bolsonaro. Segundo o denunciante, o ato teve natureza política e não deveria ter recebido recursos públicos.

Decisão do plenário ocorre nesta terça-feira

A votação sobre a possível cassação de Brisa Bracchi será realizada nesta terça-feira (18) e acontecerá de forma nominal. Por estarem diretamente ligados ao processo, tanto Brisa quanto Faustino não participarão da decisão.

No lugar de Faustino, o suplente e ex-vereador Albert Dickson atuará na votação. A Câmara também considera convocar Júlia Arruda, suplente de Brisa Bracchi, seguindo orientação da Procuradoria e normas federais sobre processos de responsabilidade, embora essa previsão não esteja explicitamente no regimento da Casa.

Pontos centrais do relatório

Para o relator Fulvio Saulo, o uso de recursos públicos em eventos políticos é o aspecto central da investigação. Ele destacou que, mesmo que artistas convidados tenham recusado pagamento, o ato de convocar para um ato político já configura irregularidade. Conforme o relatório, o problema jurídico reside em custear um evento de caráter político com dinheiro público, e não apenas no destino dos pagamentos.

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