Ausência do chefe do GSI em sabatina na Câmara gera preocupações

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, deixou de comparecer à sabatina marcada para esta quarta-feira (19) na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, apresentando um atestado médico. Em resposta à ausência, a comissão aprovou um requerimento de convocação, obrigando o ministro a comparecer na próxima quarta-feira (26), às 14h.

Motivos de saúde não detalhados

O GSI emitiu um comunicado justificando a ausência do general, mas não especificou o problema de saúde enfrentado por ele. A falta à sabatina ocorre após o vazamento de um vídeo que mostra o ministro no Palácio do Planalto durante os ataques extremistas de 8 de janeiro.

Inquietação entre parlamentares da oposição

Embora a presença de Gonçalves Dias na sessão não fosse obrigatória, já que o requerimento veio na forma de convite, sua ausência gerou desconforto entre os parlamentares da oposição. Há rumores nos bastidores de que o general possa renunciar ao cargo em meio à crise, o que segundo o presidente da Comissão de Segurança, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), prejudicaria um futuro comparecimento do ministro ao colegiado.

Acusações e expectativas sobre a renúncia do general

O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) acusou Gonçalves Dias de cometer crime de prevaricação ao não agir contra as invasões, mesmo estando no prédio, e defendeu a instalação imediata da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre o tema. "Quem não deve, não teme", afirmou.

Por outro lado, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), da base do governo, criticou a atuação do general durante as invasões e expressou a expectativa de que ele renuncie. "Ele pode vir prestar todo esclarecimento, mas é uma questão política. Não há condição do ministro seguir à frente do GSI. Isso pode gerar uma crise inoportuna no momento em que o Brasil precisa enfrentar suas dificuldades econômicas e retomar o crescimento e o desenvolvimento", disse.