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O crescimento das exportações brasileiras de soja para a China, impulsionado pela guerra tarifária entre EUA e o país asiático, reacendeu preocupações entre especialistas sobre os impactos sociais, econômicos e ambientais desse avanço. De janeiro a abril de 2025, o Brasil exportou 40,05 milhões de toneladas da oleaginosa – número 2,6% superior ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Desse total, 75% teve como destino a China.
“Grandes empresas ganham espaço, enquanto pequenos produtores enfrentam dificuldades com acesso a crédito e tecnologia”
“Nos últimos anos, temos visto uma redução das áreas dedicadas ao plantio de arroz, feijão e hortaliças, que dão lugar a culturas mais lucrativas, como a soja”
Os desafios vão além das fronteiras do campo. Pesquisadores internacionais avaliam a relação entre o modelo extensivo de monocultura – dependente de agrotóxicos, irrigação intensiva e grandes extensões de terra – e os efeitos das mudanças climáticas. Paradoxalmente, o sistema que mais contribui para o desequilíbrio ambiental é também o que mais sofre com ele. Secas prolongadas, enchentes e ondas de calor têm causado perdas significativas de lavouras, com reflexos diretos no preço dos alimentos e na cadeia de abastecimento.
A pesquisadora francesa Arlène Alpha, do Cirad (Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica), propõe a agroecologia como alternativa ao modelo atual. “A agroecologia vai além da técnica. Ela é social e política. É sobre autonomia dos produtores, respeito ao meio ambiente, valorização das mulheres e menos dependência de químicos”, defende.
Além dos impactos socioambientais, a dependência do agronegócio brasileiro da demanda chinesa também gera vulnerabilidade econômica. Tamira Leal lembra que o setor é altamente sensível a fatores externos, como mudanças nas políticas de importação da China ou variações cambiais. “Se o dólar sobe, o custo de produção dispara, já que muitos insumos, como fertilizantes e defensivos, são importados. Isso aumenta a instabilidade para os produtores”, explica.
A taxa Selic, hoje em 14,75%, é outro fator que pesa no bolso do produtor. Créditos mais caros reduzem a margem de lucro e dificultam investimentos em infraestrutura e modernização. Para Leal, uma solução viável é o planejamento de linhas de crédito com foco no longo prazo, aliado à diversificação de fornecedores. “Hoje, muitos produtores dependem de poucas empresas para comprar insumos. Essa concentração é perigosa e fragiliza o setor”, analisa.
Mas será que essa alta da demanda chinesa veio para ficar? Especialistas divergem. Para Carla Beni, é cedo para cravar uma tendência duradoura. Ela lembra que as compras recentes podem ter sido motivadas pela antecipação gerada pelo tarifaço, e que uma trégua comercial entre China e EUA, como a anunciada em 12 de maio, pode esfriar essa demanda.
Já o professor Alisson Batista, da Estácio, aposta que a trégua será mantida por interesse mútuo das potências. “Ninguém quer uma nova escalada comercial agora. E a soja é uma commodity estratégica. Os EUA, por exemplo, não querem correr o risco de aumentar a inflação”, aponta.
No centro dessa disputa geopolítica e econômica está o Brasil, cujas lavouras sentem os efeitos de decisões tomadas a milhares de quilômetros de distância. A balança comercial pode ganhar, mas o solo, o clima e o agricultor brasileiro podem pagar a conta.
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