Menu

Siga o Plox nas Redes Sociais!

Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.

É notícia? tá no Plox
Política

Bolsonaro tem semana decisiva no TSE com julgamento que pode torná-lo inelegível

Bolsonaro será julgado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores em 18 de julho de 2022. Ele apresentou informações falsas com o intuito de descreditar o sistema eleitoral brasileiro

19/06/2023 às 20:15 por Redação Plox

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) agendou três sessões para a conclusão do julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que poderá resultar na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O processo terá início na próxima quinta-feira (22) e poderá se estender pelos dias 27 e 29 de junho, terça e quinta-feira da próxima semana. Caso condenado, Bolsonaro poderá ficar inelegível por oito anos, o que o impediria de disputar qualquer cargo público até as eleições de 2032.



Na primeira sessão, o relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, apresentará seu relatório completo, que totaliza 43 páginas. Em seguida, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) terá direito a 15 minutos para a sustentação oral, enquanto a defesa de Bolsonaro terá o mesmo período para se pronunciar. Posteriormente, o Procurador-Geral Eleitoral terá o mesmo tempo para expor a visão do Ministério Público Eleitoral sobre o caso.
Após essas apresentações, o ministro Gonçalves emitirá seu voto, o qual geralmente é o mais extenso entre todos os ministros, devido à sua posição de relator. Os outros seis ministros também votarão na sequência: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, ministra Cármen Lúcia, Nunes Marques e, por último, o presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes.
Veja abaixo o cronograma da ação contra Jair Bolsonaro no TSE
Relator Benedito Gonçalves realiza a leitura do relatório;
PDT apresenta a sustentação oral com duração de até 15 minutos;
Defesa de Bolsonaro apresenta a sustentação oral de até 15 minutos;
Procurador-Geral Eleitoral mostra parecer do MPE;
Relator Benedito Gonçalves realiza a leitura do seu voto;
Outros seis ministros do TSE realizam seus votos;
Qualquer um dos sete ministros do TSE poderá solicitar o adiamento do julgamento, por meio de um pedido de vista, caso seja necessário mais tempo para análise. Conforme as regras da Justiça Eleitoral, estipuladas no artigo 18 do Regimento Interno, o ministro que solicitar a vista tem um prazo de 30 dias, renovável por outros 30, para devolver o processo e permitir a continuação do julgamento. No entanto, é importante ressaltar que a contagem do prazo é suspensa durante o recesso do Judiciário, que ocorre no mês de julho.
Caso um dos ministros decida reter o processo pelo período máximo de 60 dias, somente no final de setembro ele será devolvido para a continuação da votação. Nesse cenário, não há impedimento para que outro magistrado solicite vista novamente, prolongando ainda mais a conclusão do caso.

Entenda o caso
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra Bolsonaro foi protocolada pelo PDT em julho de 2022. O partido alega que o então presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante um evento realizado em 18 de julho daquele ano. Nesse evento, Bolsonaro reuniu embaixadores e apresentou informações falsas com o intuito de descreditar o sistema eleitoral brasileiro.
Na petição inicial, o PDT destacou diversos pontos presentes no discurso proferido por Bolsonaro na ocasião. Entre eles, 
Questionou a integridade dos processos eleitorais e das instituições da República, em especial o TSE e seus ministros; 
Afirmou a possibilidade de que os resultados das eleições pudessem ser comprometidos por fraudes no sistema de votação;
Afirmou que em 2018, urnas trocavam o dígito 7 pelo 3 e que o sistema não é auditável;
Afirmou que ministros do STF estão associados a defesa de "terroristas" e que o atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro estaria relacionado "à esquerda";
Evento foi usado para fins eleitorais já que o candidato ataca a Justiça Eleitoral, o que converge com sua estratégia de campanha

Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro enviaram, em 29 de outubro de 2022, a argumentação de sua defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), véspera do segundo turno das eleições. Segundo a linha de defesa apresentada, a Justiça Eleitoral não seria o ambiente adequado para julgar o caso, uma vez que o evento em questão foi um ato praticado por Bolsonaro "na condição de Chefe de Estado (...), sem qualquer relação com a disputa de candidatos". Argumentou-se, portanto, que se tratou de um ato de governo e não de campanha.
Além disso, a defesa de Bolsonaro alegou que os atos do presidente estavam amparados pela "liberdade de expressão" e atribuiu à "má-fé da imprensa" a cobertura negativa do episódio. 
“A má-fé de determinados setores da imprensa levou a cobertura do evento a tratar uma proposta de aprimoramento do processo democrático como se se tratasse de ataque direto à democracia, quando na verdade se tratou de um convite ao diálogo público continuado para o aprimoramento permanente e progressivo do sistema eleitoral e das instituições republicanas”, diz trecho do documento que consta no relatório.
No último fim de semana, Bolsonaro comentou sobre o julgamento da ação no TSE e expressou preocupação com os "indicativos não tão favoráveis". A defesa do ex-presidente busca demonstrar que o ato em questão não teve motivação eleitoral, mas sim uma intenção de promover o aprimoramento do sistema democrático por meio do diálogo público contínuo.
O julgamento da ação pelo Tribunal Superior Eleitoral é aguardado com grande expectativa, uma vez que pode impactar diretamente a trajetória política e legal de Jair Bolsonaro. A defesa do ex-presidente busca persuadir os membros do tribunal de que o caso não se enquadra nas competências da Justiça Eleitoral, ressaltando o contexto governamental em que o ato ocorreu e a liberdade de expressão como alicerce de suas ações. Por outro lado, há um acompanhamento atento por parte da opinião pública e da imprensa, que aguardam com interesse a decisão do TSE sobre a admissibilidade e mérito do caso em questão.

Compartilhar a notícia

Veja também
Defesa de Bolsonaro solicita adiamento de audiências no STF
POLíTICA

Defesa de Bolsonaro solicita adiamento de audiências no STF

Advogados alegam falta de tempo hábil para analisar provas antes dos depoimentos sobre tentativa de golpe

Investigado por fraude no INSS doou R$ 100 mil a PT e PP em 2022
POLíTICA

Investigado por fraude no INSS doou R$ 100 mil a PT e PP em 2022

Empresário investigado por ligação com esquema no INSS confirmou doações a partidos e políticos de diferentes espectros ideológicos

Marcos do Val viaja aos EUA mesmo com passaporte diplomático bloqueado
POLíTICA

Marcos do Val viaja aos EUA mesmo com passaporte diplomático bloqueado

Senador embarcou para os Estados Unidos apesar de decisão do STF que manteve a apreensão de seus documentos

deputado
POLíTICA

CPMI do 8 de janeiro: PT indica Rubens Pereira Júnior como membro titular

Comissão investigará tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito

para você
Epidemia silenciosa: uso de drogas cresce entre idosos, alerta USP
SAúDE

Epidemia silenciosa: uso de drogas cresce entre idosos, alerta USP

Estudo aponta aumento do consumo de álcool, cannabis e medicamentos em pessoas acima de 60 anos e pede campanhas educativas para reduzir riscos

Após revisão, governo cancela licenças de quase 8 mil pescadores mortos
EMPREGO

Após revisão, governo cancela licenças de quase 8 mil pescadores mortos

Registros foram excluídos do sistema oficial de pesca para evitar fraudes e manter base de dados atualizada

Zé Felipe e Ana Castela assumem namoro ao vivo no Domingo Legal
FAMOSOS

Zé Felipe e Ana Castela assumem namoro ao vivo no Domingo Legal

Casal confirma romance com beijo no palco e publicação nas redes, aumentando burburinho entre fãs sobre relacionamento sério.

Emmy 2025 consagra 'The Pitt', 'The Studio' e 'Adolescência'
LAZER

Emmy 2025 consagra 'The Pitt', 'The Studio' e 'Adolescência'

Séries da HBO Max, Apple TV+ e Netflix dominaram a premiação e reforçaram o poder do streaming no Emmy 2025