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Política
Autoridades americanas não registram comprovante de vacina de Bolsonaro
Investigação revela uso de dados falsos para entrada nos EUA; ex-presidente e assessores envolvidos
19/07/2024 às 10:38por Redação Plox
19/07/2024 às 10:38
— por Redação Plox
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A Polícia Federal (PF) comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que autoridades americanas não têm registro de entrada de Jair Bolsonaro com comprovante de vacina nos Estados Unidos. O ex-presidente e seus aliados são investigados por suposta falsificação de dados de vacinação contra a Covid-19 para entrarem no país, onde o comprovante era obrigatório.
Foto: Reprodução de vídeo
Bolsonaro nos Estados Unidos
Jair Bolsonaro deixou o Brasil em 30 de dezembro de 2022, um dia antes de encerrar seu mandato, e permaneceu nos Estados Unidos até 30 de março de 2023. Junto com Mauro Cid e mais 15 pessoas, Bolsonaro foi indiciado pela PF por participação em um esquema de falsificação de cartões de vacina. O grupo, contrário à vacinação, teria incluído informações falsas no sistema do Ministério da Saúde para facilitar a entrada nos Estados Unidos.
Falsificação de dados
A investigação revelou que o grupo manipulou dados no sistema do Ministério da Saúde para garantir que Bolsonaro, seus familiares e assessores pudessem viajar. "Importante ressaltar que o Departamento de Justiça americano relatou que o U.S. Customs and Border Protection (CBP) não possui registros se os investigados supramencionados apresentaram comprovantes de vacinação contra a COVID-19", destacou o relatório da PF. Não há registros de entrada ou saída dos investigados indicando que foram vacinados ou isentos da vacinação.
Pedido de Cooperação Jurídica
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a aprofundamento das investigações, levando a PF a enviar um pedido de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal às autoridades americanas. O Departamento Americano forneceu registros de passagem de fronteira de Bolsonaro, Mauro Cesar Barbosa Cid, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, Max Guilherme Machado de Moura, Sergio Rocha Cordeiro e Marcelo Costa Câmara, cobrindo o período de 1º de janeiro de 2021 a 31 de março de 2023.
Próximos passos
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, encaminhou o relatório da PF à PGR. O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, decidirá se arquiva o caso ou propõe uma acusação formal contra os indiciados.