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Política

União Brasil e PP oficializam federação e formam superpotência política

Acordo entre os partidos do Centrão garante maior força na definição de candidaturas, alianças e controle estratégico, sem alterar a divisão dos fundos partidário e eleitoral

19/08/2025 às 10:11 por Redação Plox

Nesta terça-feira (19), União Brasil e Progressistas (PP) oficializam uma federação que promete mudar o equilíbrio político em Brasília e no país. A aliança, que reúne dois dos maiores partidos do Centrão, consolida uma das forças mais influentes do Congresso Nacional.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados

Embora cada partido continue recebendo individualmente suas cotas do fundo partidário e do fundo eleitoral, a estratégia política das duas siglas passará a ser coordenada em conjunto pelas cúpulas. Isso garante maior poder de articulação para definição de candidaturas, distribuição de recursos e negociação de coligações em todas as esferas — municipal, estadual e federal.


Em 2024, os números já mostravam a força financeira de cada legenda: R$ 107,3 milhões do fundo partidário e R$ 536,5 milhões do fundo eleitoral para o União Brasil, enquanto o PP recebeu R$ 90,3 milhões e R$ 417,2 milhões, respectivamente. Somados, os valores ultrapassaram qualquer outro partido, reforçando o potencial de influência dessa união.


Apesar do impacto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Congresso Nacional continuarão tratando União e PP como partidos distintos em questões regimentais, como tempo de televisão e participação em comissões temáticas. No entanto, na prática, o controle centralizado das lideranças sobre as nominatas e candidaturas tende a ampliar ainda mais a força dos dois partidos no cenário político.


A cientista política Mayra Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explicou que a federação amplia o poder de decisão das cúpulas partidárias:
“A federação aumenta o controle das lideranças sobre a montagem de candidaturas e sobre a negociação de coalizões, ampliando sua atuação em todos os níveis”

O comando dessa federação está nas mãos de Antônio Rueda, presidente do União Brasil, e do senador piauiense Ciro Nogueira, que lidera o PP. Juntos, passam a contar com 107 deputados, 14 senadores e cinco governadores, configurando a maior bancada da Câmara e se igualando em número de senadores a partidos como PL e PSD. Entre seus quadros, está ainda o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o que aumenta ainda mais o peso político da nova federação.


A aliança não apenas reforça o poder financeiro, mas consolida uma força política decisiva para as eleições de 2026, com capacidade de moldar coalizões e influenciar diretamente a disputa presidencial.


O movimento confirma a tendência de fortalecimento do Centrão como ator central na governabilidade do país, ampliando o espaço de negociação e barganha no Congresso Nacional.


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