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Verão 2025/2026 deve ter menos chuva e mais calor em grande parte do Brasil
Segundo a Climatempo, estação será neutra em relação a El Niño e La Niña, mas influenciada pela Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul, com chuvas abaixo da média e temperaturas acima dos padrões históricos em boa parte do país
19/12/2025 às 07:47por Redação Plox
19/12/2025 às 07:47
— por Redação Plox
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O verão começa no próximo domingo (21), às 12h03 (horário de Brasília), com previsão de chuvas um pouco abaixo da média e temperaturas mais altas do que o normal em boa parte do país, segundo a Climatempo.
Caracterizada pela elevação das temperaturas em todo o Brasil, a estação tem dias mais longos do que as noites e é marcada por mudanças rápidas nas condições do tempo.
O período mais quente do ano se estende até as 11h45 do dia 21 de março de 2026 e, de acordo com a Climatempo, não deve sofrer influência de fenômenos como El Niño e La Niña.
O episódio de La Niña que predominou na primavera vai terminar até o fim de janeiro de 2026. Assim, a maior parte do verão 25/26 será em modo de neutralidade no oceano Pacífico Equatorial
Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo
Paulo Pinto/Agência Brasil
Foto: Divulgação
Alta pressão do Atlântico deve comandar o clima
Segundo meteorologistas, outro sistema atmosférico deve ter grande impacto no clima do Brasil ao longo do verão: a Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul (ASAS).
A ASAS é um grande anticiclone, ou seja, uma região da atmosfera em que a circulação dos ventos é anti-horária. Situada permanentemente entre o Brasil e a África, ela integra a circulação atmosférica global.
Esse sistema atua sobre o clima de parte do país ao longo de todo o ano, mas, quando se posiciona mais próximo do território brasileiro do que o habitual, as regiões Sudeste, parte do Nordeste e do Centro-Oeste tendem a registrar redução nas chuvas.
Quando essa aproximação acontece no verão, as principais consequências são:
• Estação mais quente que o normal, com maior ocorrência de veranicos e até ondas de calor
• Deficiência de chuva em muitas áreas do país
Como todo sistema de alta pressão atmosférica, a ASAS deixa o ar mais seco, o que reduz a nebulosidade e diminui as condições para formação de chuva.
O sistema também dificulta a formação de grandes áreas de instabilidade — responsáveis por chuva persistente por vários dias — e provoca irregularidade nas tradicionais pancadas de verão.
Chuva abaixo da média em grande parte do país
Por causa da atuação da ASAS, o verão deste ano deve ser marcado por chuvas abaixo da média climatológica em quase todo o Brasil.
De acordo com a Climatempo, os meses de janeiro e fevereiro ainda terão temporais em todas as regiões, porém de forma irregular. Já em março, a tendência é de maior regularidade na distribuição das chuvas.
A projeção é de volumes um pouco abaixo da média para a estação em boa parte do território. A costa norte, entre o litoral do Pará e do Ceará, além de áreas do interior do Maranhão e do Piauí, deve concentrar os índices mais abaixo do normal para o período.
Por outro lado, algumas áreas devem registrar chuva acima da média, como indicam as projeções:
• norte do Rio Grande do Sul
• Santa Catarina
• Paraná
• sul e leste de São Paulo
• sul de Minas Gerais e Zona da Mata Mineira
• sul do Rio de Janeiro
• Rondônia
• Acre
• Amazonas
• Roraima
• norte do Amapá
Temperaturas mais altas e mais veranicos
Além da redução de chuva em boa parte do país, a expectativa é de temperaturas acima da média em grande parte do território brasileiro ao longo da estação.
Com a influência da ASAS, o verão deve registrar maior ocorrência de veranicos, ou seja, sequência de dias com temperaturas mais elevadas do que o normal.
Áreas da Região Sul e da faixa de fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos especialmente quentes, que podem ser classificados como ondas de calor.
Apenas algumas regiões devem ter temperaturas dentro da média histórica para o período:
• leste do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná
• sul de São Paulo
• Aracaju
• Alagoas
• leste de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte
• noroeste do Mato Grosso
• norte de Rondônia
• oeste do Acre e do Pará
• Amazonas
• Roraima
• parte do Amapá