Supermercados oferecem 357 mil vagas e buscam reservistas das Forças Armadas

Os supermercados no Brasil estão com 357 mil vagas abertas, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que divulgou os dados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20). A dificuldade na ocupação dos postos de trabalho tem levado o setor a buscar alternativas, incluindo uma parceria com as Forças Armadas para a absorção de reservistas recém-dispensados.

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Atualmente, o setor emprega três milhões de trabalhadores, mas enfrenta uma crescente resistência entre os jovens, que antes viam o segmento como uma porta de entrada para o mercado de trabalho. O vice-presidente da Abras, Márcio Milan, explicou que a preferência dos jovens por jornadas mais flexíveis tem reduzido a adesão aos processos seletivos organizados pelos supermercados. “Os mutirões de recrutamento não têm tido o mesmo efeito de antes”, destacou Milan.

Minas Gerais reflete esse cenário nacional, com expectativa de criação de pelo menos 8.400 novas vagas até o fim do ano. O salário de entrada no setor, considerado relativamente baixo, é complementado por benefícios como vale-alimentação, transporte e demais direitos trabalhistas. “É importante considerar que o trabalhador tem uma série de vantagens que, somadas ao salário, aumentam sua renda efetiva”, ressaltou Milan.

Outro público que tem demonstrado interesse nas vagas disponíveis são os trabalhadores acima de 60 anos, que buscam oportunidades de emprego, mas preferem escalas mais flexíveis. Ainda assim, a carência de mão de obra permanece um desafio.

Para minimizar a falta de candidatos, a Abras aposta em um acordo com as Forças Armadas para direcionar ex-militares ao setor varejista. A intenção é facilitar o ingresso dos reservistas dispensados do Exército, Marinha e Aeronáutica no mercado de trabalho formal. “Queremos apresentar a esses profissionais as oportunidades que o varejo tem, proporcionando uma transição rápida para o emprego”, concluiu Milan.