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Economia

Comércio amarga queda de 12% nas vendas de Páscoa em 2025

Alta do cacau e encarecimento do chocolate impactam produção e impulsionam migração para produtos mais baratos ou premium

20/04/2025 às 11:14 por Redação Plox

O domingo de Páscoa de 2025 chegou com um gosto menos doce para o comércio brasileiro. Segundo levantamento da Euromonitor International, as vendas de chocolates sazonais caíram 12% em relação ao ano anterior, totalizando 7.320 toneladas – volume inferior às 8.320 toneladas comercializadas em 2024. Essa retração representa o primeiro recuo desde 2021, ano crítico da pandemia.


Imagem Foto: Pixabay

A escalada nos preços do cacau no mercado internacional foi apontada como um dos principais fatores para essa queda. Conforme dados do IBGE, o preço de chocolates em barra e bombons subiu 21,7% em um ano até março. Como resposta, a indústria reduziu em 22,5% a produção de ovos de Páscoa, fabricando cerca de 45 milhões de unidades. Produtos mais sofisticados, como ovos recheados com doces e biscoitos, foram priorizados para tentar manter a atratividade diante do custo elevado do tradicional ovo de chocolate.


Mesmo com a produção menor, o número de itens ofertados subiu: foram 803 produtos, contra 611 no ano anterior, de acordo com a Abicab. As marcas apostaram em diversificação, com o retorno de barras e bombons como presentes viáveis para a data. Hershey’s e Ferrero, por exemplo, lançaram campanhas voltadas para as chamadas “barras presenteáveis”, estratégia que ganhou força também nos grandes varejistas.


Carrefour e Americanas passaram a oferecer parcelamentos atrativos para estimular as compras. No caso do Carrefour, é possível dividir a compra em até dez vezes no cartão da loja, com parcelas a partir de R$ 20. Produtos de marca própria, com preços a partir de R$ 35 para ovos de 160g, se destacaram entre as opções acessíveis.


A plataforma Scanntech registrou mudanças no padrão de consumo: nas duas semanas que antecederam a Páscoa, bombons representaram 44% das vendas, tabletes 31%, enquanto ovos de Páscoa responderam por apenas 1,4% do volume total.
"A cada ano, vemos os itens da linha regular de chocolates, em especial barras e bombons, ganharem mais espaço sobre a venda de ovos de Páscoa", destacou Marco Alcolezi, diretor do Carrefour.

Na rede Chama Supermercados, na Grande São Paulo, o foco também foi no custo-benefício. Ovos da marca Lovare, com preços a partir de R$ 6 na versão de 50g, lideraram as vendas. Mesmo assim, o crescimento no volume vendido foi modesto: cerca de 4% em comparação a 2024. Por outro lado, peixes e bacalhau viram alta de 20% nas vendas, impulsionados por menor variação de preço e pelo calendário mais favorável da Semana Santa.


A Ferrero também apostou na expansão de produtos acessíveis. Lançou tabletes de 90g por R$ 25 e versões mais baratas do Coelho Kinder, com três miniaturas por R$ 23. Os tradicionais bombons Ferrero Rocher seguem como destaque, com embalagens variando de R$ 11 a R$ 86.


Segundo a Euromonitor, o Brasil é o quinto maior mercado global de chocolates, atrás apenas de Estados Unidos, Rússia, Alemanha e Reino Unido. Neste ano, o consumo deve atingir 385 mil toneladas, um crescimento de 3% em volume, e a receita prevista é de R$ 36,7 bilhões, alta de 26%.


Entretanto, o cenário de preços ainda preocupa. Adriana Murasaki, da Euromonitor, alerta que os contratos de proteção de preço do cacau devem terminar em 2025, abrindo espaço para aumentos ainda maiores em 2026. Mesmo assim, o setor busca estratégias para manter o consumo. Jaime Recena, presidente da Abicab, afirmou que produtos chegaram a se esgotar dias antes da Páscoa, sinalizando boa receptividade às novas apostas.


De acordo com a CNC, a cesta de Páscoa deve movimentar R$ 3,36 bilhões, já descontada a inflação, um recuo de 1,4%. Fabio Bentes, economista da entidade, afirma que o mercado de trabalho mais aquecido ajudou a amortecer parte do impacto, mas ressalta que o orçamento das famílias segue pressionado pela alta do chocolate.


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