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Política

STF julga militares e agente da PF por plano de golpe; Moraes ignora áudios sobre mortes

Ministro afirma que gravações com ameaças contra ele, Lula e Alckmin não serão analisadas nesta fase; grupo é acusado de articular ação para manter Bolsonaro no poder

20/05/2025 às 15:21 por Redação Plox

Durante o julgamento do chamado 'núcleo 3' da suposta tentativa de golpe de Estado, realizado nesta terça-feira (20) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes deixou claro que os áudios atribuídos a investigados, nos quais se fala em matar autoridades como o próprio Moraes, o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin, não serão levados em conta nesta etapa da análise judicial.


Imagem Foto: Fellipe Sampaio/STF

O posicionamento do relator veio após a defesa do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares tentar suspender a sessão, alegando que a divulgação recente das gravações pela Polícia Federal poderia prejudicar o andamento. Soares aparece nos áudios afirmando que estava preparado para prender Moraes e impedir a posse de Lula em 2023, além de declarar intenções violentas. No entanto, o ministro esclareceu que tais elementos foram juntados de maneira extemporânea, não tendo sido considerados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na denúncia formal.


“O áudio será analisado apenas se houver abertura de ação penal e não está sendo usado nesta fase de recebimento da denúncia”, enfatizou Moraes, destacando que a inclusão tardia desses materiais impossibilita sua análise neste momento do processo.


O STF julga agora a admissibilidade de uma nova denúncia ligada ao plano de golpe, que teria sido planejado por um grupo composto por militares das Forças Armadas e o agente da PF. Conhecido como 'núcleo 3', o grupo é acusado de tentar convencer o Alto Comando do Exército a apoiar a permanência de Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.


Segundo a subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio Marques, o grupo executou suas ações de forma detalhada e estratégica, atuando como ponte entre os líderes do plano (núcleos 1 e 2) e a base militar.


Entre os 12 acusados estão 11 militares do Exército e um agente da PF:


- Bernardo Romão Correa Netto (coronel)


- Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel)


- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general)


- Fabrício Moreira de Bastos (coronel)


- Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel)


- Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel)


- Nilton Diniz Rodrigues (general)


- Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel)


- Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel)


- Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel)


- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel)


- Wladimir Matos Soares (agente da PF)


Todos são apontados pela PGR como executores de tarefas operacionais no plano golpista. A acusação inclui crimes como:


- Tentativa de abolir violentamente o Estado democrático de direito


- Golpe de Estado


- Formação de organização criminosa armada


- Dano qualificado


- Deterioração de patrimônio público tombado


As penas podem chegar a até 43 anos de prisão. O julgamento atual decide se há provas e indícios suficientes para tornar os acusados réus. Caso a denúncia seja aceita, o processo entra na fase de instrução, com coleta de provas, depoimentos e interrogatórios.


A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, conduzirá os próximos passos. Ao final da instrução, Moraes apresentará seu voto, e o colegiado decidirá pela absolvição ou condenação dos envolvidos, estabelecendo penas conforme a gravidade dos crimes cometidos.


Este julgamento integra um conjunto de processos referentes a quatro núcleos denunciados:


- Núcleo 1: Líderes do plano, incluindo Bolsonaro e generais da reserva.


- Núcleo 2: Coordenadores e articuladores, como ex-diretores da PRF.


- Núcleo 4: Envolvidos em desinformação e ataques digitais.


Restará apenas o julgamento do empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que está no exterior e foi notificado por edital para apresentar sua defesa.


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