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Empresa quer recriar dodô, ave extinta há 400 anos

Colossal Biosciences anuncia avanço em projeto que pretende trazer de volta o pássaro símbolo da perda da biodiversidade

20/09/2025 às 14:41 por Redação Plox

A Colossal Biosciences, empresa de biotecnologia com sede no Texas, Estados Unidos, divulgou avanços significativos em seu projeto que visa recriar geneticamente o dodô, uma ave extinta há cerca de 400 anos e considerada símbolo da perda da biodiversidade.


Imagem Foto: Divulgação/Colossal Biosciences

A companhia anunciou que conseguiu cultivar células especializadas da rola-comum (Columba livia), conhecida popularmente como pombo, com planos de aplicar as mesmas técnicas em células da pomba Nicobar, considerada o parente vivo mais próximo do dodô. Embora a recriação completa da espécie ainda esteja distante, os pesquisadores afirmam que o progresso representa um passo essencial para a conservação de aves.


Beth Shapiro, diretora científica da Colossal, destacou a importância do avanço: “Este é realmente o passo mais importante para o projeto do dodô, mas também para a conservação de aves, de forma mais ampla”.


O anúncio surge após o nascimento de três filhotes de lobo-terrível em abril deste ano, outra iniciativa da empresa no campo da desextinção. Os animais, extintos há cerca de 10 mil anos, foram recriados por meio de clonagem e edição genética. A Colossal também conduz projetos para reviver outras espécies extintas, como o mamute-lanoso e o lobo-da-tasmânia.


Na quarta-feira, 17, a empresa revelou ter arrecadado mais US$ 120 milhões em nova rodada de financiamento, somando aproximadamente US$ 555 milhões desde sua fundação, em setembro de 2021.


Apesar dos avanços, o projeto do dodô enfrenta desafios técnicos únicos. Ao contrário dos mamíferos, aves se desenvolvem dentro de ovos, o que impossibilita a clonagem tradicional. Beth Shapiro explicou: “Com aves, a parte mais lenta desse processo é que precisamos criar duas gerações. Não podemos clonar as células, então precisamos criar mães e pais separadamente e depois cruzá-los para que ambas as cópias do gene sejam modificadas. Isso é bem lento”.


Um marco recente foi a descoberta de uma técnica eficiente para cultivar células germinativas primordiais — precursoras das células reprodutivas — a partir da rola-comum. Essa técnica, até então eficaz apenas em galinhas, não funcionava com outras espécies. Anna Keyte, diretora de espécies aviárias da Colossal, afirmou que a equipe testou várias combinações até encontrar uma fórmula ideal que permitisse o crescimento das células por 60 dias.


A próxima etapa do projeto envolve o uso dessas células para gerar pombos vivos com galinhas atuando como mães substitutas. Ao mesmo tempo, a empresa já iniciou o cultivo de células germinativas da pomba Nicobar e criou uma colônia reprodutiva da espécie no Texas, onde serão realizados os experimentos futuros.


Apesar de críticas sobre a viabilidade e as implicações éticas da desextinção, a Colossal reforça que não pretende criar uma réplica perfeita do dodô original, mas sim uma versão funcional que retenha suas principais características. Cientistas alertam que trazer de volta uma espécie extinta vai além da engenharia genética.


O professor de genética evolutiva Cock van Oosterhout comentou que o verdadeiro potencial das tecnologias desenvolvidas pela Colossal pode estar na aplicação prática para proteger espécies ameaçadas atualmente. Segundo ele, modificar genes pode ajudar populações a se adaptarem melhor às mudanças climáticas e às doenças.


Enquanto o projeto segue avançando, ele levanta discussões sobre os rumos da conservação ambiental e o papel da biotecnologia na preservação da vida no planeta.


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