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Morre aos 85 anos Lindomar Castilho, o 'Rei do Bolero', condenado por assassinar a esposa

Cantor, um dos principais nomes da música brega e fenômeno de vendas nos anos 1970, teve a morte confirmada pela filha nas redes sociais; trajetória ficou marcada pelo assassinato da cantora Eliane de Grammont, crime que, segundo a herdeira, destruiu a família

20/12/2025 às 09:40 por Redação Plox

O cantor Lindomar Castilho, um dos nomes mais emblemáticos da música brega brasileira, morreu aos 85 anos neste sábado (20). A morte foi confirmada pela filha do artista, Lili De Grammont, em uma publicação nas redes sociais. A causa não foi divulgada.

Capa do álbum de Lindomar Castilho

Capa do álbum de Lindomar Castilho

Foto: Divulgação

Conhecido como o “Rei do Bolero”, Lindomar ganhou projeção nacional nos anos 1970, período em que se tornou um dos maiores vendedores de discos do país e marcou presença constante em rádios de todo o Brasil.

Sua voz dramática deu forma a boleros e sambas-canção que atravessaram gerações. Entre eles está “Você É Doida Demais”, canção que voltou ao destaque ao ser usada como tema de abertura da série Os Normais, exibida pela TV Globo entre 2001 e 2003.

Carreira marcada por sucesso e por um crime brutal

Ao lado do reconhecimento artístico, a trajetória de Lindomar Castilho também ficou marcada por um episódio trágico. Em 1981, o cantor assassinou a tiros sua segunda esposa, a cantora Eliane de Grammont, durante uma apresentação em um bar em São Paulo.

Condenado a 12 anos de prisão pelo crime, ele cumpriu parte da pena e deixou a cadeia nos anos 1990. O caso teve forte repercussão e impactou de forma definitiva a imagem pública do artista e a vida de sua família.

Volta aos palcos e afastamento da vida pública

Depois de sair da prisão, Lindomar retomou a carreira por um período e lançou um álbum ao vivo em 2000. Com o passar dos anos, porém, afastou-se gradualmente da vida artística e passou a viver de maneira mais reservada.

Luto e reflexão da filha nas redes sociais

Nas redes sociais, Lili De Grammont publicou um texto em tom de desabafo, crítico e reflexivo. Ela afirmou que o pai “morreu em vida” ao matar a mãe e disse que o crime destruiu toda a família.

O que fica é: Somos finitos, nem melhores e nem piores do que o outro, não somos donos de nada e nem de ninguém, somos seres inacabados, que precisamos olhar pra dentro e buscar nosso melhor, estar perto de pessoas que nos ajudem a trazer a beleza pra fora e isso inclui aceitarmos nossa vulnerabilidade

Lili De Grammont

Em seguida, ela declarou que essa é a forma como escolhe se despedir do pai, ressaltando que sente ter cumprido seu papel, apesar da dor. Segundo Lili, essa despedida é atravessada pelo amor que aprendeu a sentir e a expressar ao longo da vida.

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