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Justiça de MG proíbe Nestlé de usar marca “Coffee+” no Brasil

Liminar da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte atende pedido da brasileira Coffee++, dona do registro da marca no INPI desde 2020, e impõe multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento

20/12/2025 às 09:08 por Redação Plox

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu uma liminar que impede a Nestlé de usar a marca “Coffee+” em seus produtos no Brasil. A decisão, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, atende a um pedido da empresa brasileira Coffee++, que alega violação de seus direitos de propriedade intelectual sobre a marca registrada.

Coffee++ está em mais de 30 países

O Tribunal de Justiça d

Coffee++ está em mais de 30 países O Tribunal de Justiça d

Foto: Divulgação/Coffee++


Liminar manda retirar produtos com a marca do mercado

A tutela provisória de urgência determina que a Societé des Produits Nestlé S/A interrompa imediatamente o uso da marca “Coffee+” e de quaisquer variações semelhantes. A ordem vale para todos os produtos, anúncios e materiais publicitários, alcançando pontos de venda físicos, plataformas de e-commerce e perfis em redes sociais.

Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 50 mil. A eficácia da liminar é imediata, o que exige a retirada dos produtos do mercado enquanto o processo ainda está em andamento.

Registro anterior e risco de confusão entre consumidores

A Coffee++ detém o registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde 2020. De acordo com o processo, a Nestlé passou a usar o sinal “Coffee+” em junho de 2025 para identificar itens do mesmo segmento de atuação da empresa brasileira.

Na análise do pedido, a magistrada ressaltou dois elementos principais: os certificados de registro da Coffee++ no Brasil e em mais de 30 países, e o risco concreto de confusão entre consumidores, com possível associação indevida entre as duas marcas no mercado.

Tentativa de acordo e continuidade do processo

A Coffee++ afirma ter tentado resolver o impasse de forma extrajudicial, por meio de notificações enviadas à Nestlé, mas não houve acordo. Diante da falta de resposta satisfatória, a companhia brasileira decidiu acionar a Justiça.

A decisão ainda é passível de recurso, mas permanece válida até novo posicionamento judicial ou até o julgamento definitivo do mérito da ação.

A Nestlé foi procurada para comentar o caso e, até a publicação deste texto, não havia se manifestado. O espaço segue aberto para o posicionamento da companhia.

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