Por agredir babá e atirar em advogado casal é preso

Raimundo Nonato Machado e Jussana Machado são nomes agora associados a um tumultuado episódio ocorrido em um condomínio na região de Ponta Negra, em Manaus. O casal, junto há 22 anos e com união oficializada desde 2014, sempre expressou sua paixão pelo jiu-jitsu e pelo patriotismo nas redes sociais. Nonato é integrante da Polícia Civil, desempenhando a função de investigador, e também se destaca como mestre no jiu-jitsu com um 7º Dan. Seu reconhecimento nessa modalidade esportiva é endossado tanto pela Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu (CBJJ) quanto pela Federação Internacional de Jiu-Jítsu Brasileiro (IBJJF). Jussana, por sua vez, também é praticante do esporte, algo evidente nas técnicas de derrubada observadas no vídeo do incidente.

Além de sua trajetória no esporte, Nonato foi homenageado em 2021 com a Medalha de Ouro Alfredo Barbosa Filho, uma honra concedida pela Câmara Municipal de Manaus (CNM) para aqueles que se destacaram por mais de uma década de serviço à cidade.

Repercussão da Briga e Medidas Tomadas

As câmeras de segurança do condomínio capturaram o momento da controvérsia, na noite de 18 de agosto. As imagens mostram Jussana Machado agredindo a babá Cláudia Gonzaga, que trabalha para o advogado Ygor Colares. Raimundo Nonato Machado é visto incentivando a esposa. A razão para o confronto ainda é desconhecida. Ygor, tentando intervir e cessar a disputa, é interceptado por Nonato, que passa sua arma para Jussana. Os acontecimentos culminam com Ygor sendo atingido por um disparo efetuado por Jussana.

No desdobramento dos eventos, Jussana foi detida no dia seguinte, 19 de agosto, enquanto Nonato foi preso no dia 20. Após a publicização do caso, a CNM anunciou que iniciará um processo para o cancelamento e a devolução da Medalha de Ouro concedida a Nonato. Em declaração, a instituição enfatizou que "não compactua com comportamentos desta natureza" e manifestou solidariedade às vítimas.

Fontes adicionais indicam que esta não é a primeira vez que Raimundo se envolve em confrontos. Em 2010, ele foi demitido da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), retornando apenas após uma decisão judicial. Em nota recente, a PC-AM assegurou que todas as transgressões administrativas são devidamente investigadas e que não tolera qualquer desvio de conduta de seus servidores.