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Política
Senado discute isenção de IR para salários de até R$ 5 mil
Projeto relatado por Renan Calheiros prevê ampliar isenção, tributar mais altas rendas e mudanças no décimo terceiro. Proposta pode gerar renúncia de R$ 25,4 bilhões a partir de 2026.
21/10/2025 às 09:54por Redação Plox
21/10/2025 às 09:54
— por Redação Plox
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado analisa nesta terça-feira (21) o projeto de lei que propõe ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com salários de até R$ 5 mil, além de aumentar a tributação sobre as faixas de renda mais elevadas. O relator da proposta é o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é o responsável por relatar o projeto que isenta do Imposto de Renda os rendimentos de até 5 mil reais e impõe uma taxa sobre os super-ricos.
Foto: Agência Senado
Entenda as principais mudanças no Imposto de Renda
O texto, que já passou pela Câmara dos Deputados com 493 votos favoráveis, prevê que as alterações entrem em vigor a partir de janeiro de 2026. A proposta estabelece ainda uma redução parcial do imposto para quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, enquanto os contribuintes com salários acima desse valor permanecem sujeitos à tributação normal. O cálculo do desconto na fonte também passará a incluir o décimo terceiro salário.
Atualmente, a isenção do IR atinge apenas quem ganha até R$ 3.076, valor próximo a dois salários mínimos. Com a mudança, mais contribuintes poderão ficar livres da cobrança do imposto, mas a medida representa uma renúncia fiscal estimada em R$ 25,4 bilhões — cerca de 10% do total arrecadado anualmente com o Imposto de Renda.
Impactos para estados e municípios
Durante a sessão marcada para as 10h, senadores analisam o impacto das mudanças nas contas públicas e sua repercussão sobre a arrecadação de estados e municípios. Um dos pontos do debate é o modelo de compensação federativa proposto no projeto, que busca equilibrar as perdas entre União, governos estaduais e prefeituras.
Segundo estimativas, a arrecadação pode reduzir em mais de R$ 25 bilhões a partir de 2026, o que exige discussão sobre alternativas de compensação financeira entre os entes federativos.
Presenças confirmadas no debate
Para discutir os detalhes do texto, o Senado convidou representantes do setor público e da administração fiscal. Participam do encontro o prefeito de Porto Alegre e vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Sebastião Melo; o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira; o secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes; além de integrantes da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz).
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.
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