O prédio atingido por um incêndio de grandes proporções na Avenida Raja Gabaglia, no bairro São Bento, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, segue interditado neste domingo (21). Um caminhão do Corpo de Bombeiros permanece de prontidão no local para agir em caso de eventual reignição das chamas, mesmo após o combate ao fogo e a conclusão do rescaldo.

Mais cedo, a Defesa Civil municipal decidiu interditar o imóvel, consumido pelo incêndio no sábado (20). A medida vale até que sejam feitas análises detalhadas e solucionados os problemas estruturais identificados no prédio.

Estrutura danificada e interdição mantida

De acordo com o tenente Felipe Biasibette, do Corpo de Bombeiros, o fogo causou danos importantes em parte da construção. Uma área nos fundos, em um anexo da edificação, teve colapso da estrutura do telhado e está inacessível. O combate às chamas nesse ponto foi feito de forma indireta, por causa do risco para as equipes.

Nos demais andares, o acesso é possível sem equipamentos especiais, mas a estrutura ainda está quente. Parte da alvenaria retém temperatura, embora a fumaça tenha se dissipado quase totalmente, segundo o relato do militar.

A Defesa Civil decidiu manter a interdição até a conclusão da análise das condições estruturais, além das instalações elétricas e hidráulicas. Paralelamente, a perícia dos Bombeiros trabalha no local para levantar informações técnicas sobre os danos.

Ação preventiva e monitoramento ao longo do dia

Com o incêndio controlado, os Bombeiros adotaram uma estratégia de prevenção. O tenente explicou que um caminhão com água ficará em ponto base na Raja Gabaglia para garantir resposta rápida diante de qualquer sinal de novo foco, mesmo que a avaliação seja de que não há risco concreto de reignição neste momento.

Segundo Biasibette, ainda há pequenos pontos de fumaça e a alvenaria segue com temperatura elevada. A preocupação é que o calor ao longo do dia, com sol forte e aumento da temperatura ambiente, possa intensificar a fumaça e causar incômodo na vizinhança, que é cercada por muitos prédios, gerando novas chamadas aos Bombeiros.

Origem do fogo e perícia em andamento

Informações repassadas aos Bombeiros pela empresa responsável apontam que o incêndio teria começado em um prédio anexo, onde funcionaria um almoxarifado e onde houve o colapso total da estrutura. Parte da edificação, principalmente o primeiro e o segundo andares, que foram atingidos primeiro pela fumaça e pelo calor mais intenso, foi a mais danificada.

As causas do incêndio ainda são desconhecidas. As perícias da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros atuam no imóvel ao longo do dia para tentar identificar o ponto exato de início das chamas e o que pode ter provocado o fogo.

No momento do incidente, havia funcionários no prédio, que precisaram ser resgatados, mas ninguém se feriu.

Empresa afirma que serviços seguem normalizados

A Emive Segurança Eletrônica, responsável pela área atingida, informou que o incêndio ocorreu em um setor restrito de uma de suas operações no país e que a estrutura da companhia é descentralizada, com atividades distribuídas em diversos escritórios em diferentes estados.

A empresa destacou que seus sistemas funcionam em regime de redundância, com ambientes ativos em outros endereços, inclusive fora do Brasil, o que garante a continuidade dos serviços. O estoque, segundo a nota, fica em um centro de distribuição em São Paulo, sem impacto no fornecimento de equipamentos, no atendimento aos clientes ou no planejamento estratégico.

No momento do incêndio, 12 pessoas estavam no prédio. Duas receberam atendimento médico de forma preventiva, passam bem e já foram liberadas.

A Emive ressaltou que o edifício atingido estava regularizado e contava com brigadista no local, o que contribuiu para o controle rápido da situação. Ao final, a empresa agradeceu o apoio do Corpo de Bombeiros, de colaboradores, clientes, parceiros e demais entidades envolvidas na ocorrência.