Filha adotiva de Flordelis é encontrada morta em São Gonçalo

Gabriella dos Santos de Souza, filha adotiva da ex-deputada federal Flordelis, foi encontrada morta na madrugada desta quarta-feira (22), na Estrada do Pacheco, em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Aos 25 anos, Gabriella pode ter sido vítima de feminicídio, de acordo com as investigações iniciais conduzidas pela 74ª DP (Alcântara).

Mensagens de ameaça sob investigação
A polícia apura mensagens de WhatsApp que, segundo informações do colunista Ullisses Campbell, do jornal O Globo, teriam sido enviadas pelo companheiro de Gabriella. Essas mensagens, com teor de ameaça, estão sendo analisadas para determinar a conexão com a morte da jovem.

Flordelis tenta autorização para comparecer ao enterro
Atualmente cumprindo pena de 50 anos pela morte do marido, pastor Anderson do Carmo, Flordelis está presa na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu. A ex-parlamentar tenta obter uma autorização judicial para deixar o presídio e comparecer ao velório e enterro de Gabriella, que estão previstos para esta quinta-feira (23).

Contexto familiar e conexão com o caso Anderson do Carmo
Adotada por Flordelis e Anderson quando ainda era bebê, Gabriella aparece na certidão de óbito como filha do casal. Até a prisão de Flordelis, em agosto de 2021, Gabriella estava sob os cuidados da mãe adotiva. A causa da morte registrada no atestado foi parada cardiorrespiratória súbita, mas o boletim de ocorrência destaca que as circunstâncias permanecem nebulosas, necessitando de investigação mais detalhada.

Gabriella teve participação em um dos episódios mais marcantes da história da família: a morte do pastor Anderson do Carmo, alvejado com 30 tiros na garagem de casa, em Niterói, em 2019. A jovem prestou depoimento às autoridades, informando que verificou os sinais vitais de Anderson antes que um dos irmãos acionasse o Corpo de Bombeiros.

Testemunha no julgamento da mãe
Durante a audiência de instrução e julgamento do caso Anderson do Carmo, em maio de 2021, Gabriella chegou a ser testemunha. No entanto, foi liberada pela juíza Naris Carvalho Arce devido ao seu estado emocional e físico, que indicava o uso de medicamentos controlados.