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Saúde

Duplicação de mortes por quedas entre idosos preocupa no Brasil

Crescimento de casos exige atenção e cuidados especiais para prevenir acidentes com a população mais velha

23/02/2024 às 09:22 por Redação Plox

Dados recentes do Sistema Único de Saúde (SUS), fornecidos pelo governo federal, indicam uma preocupante duplicação no número de atendimentos hospitalares e mortes de idosos devido a quedas no Brasil. Em uma década, de 2013 a 2022, o número de hospitalizações subiu de 16.535 para 33.544, enquanto as mortes aumentaram de 4.816 para 9.592, equivalendo a uma média de 26 óbitos diários. Minas Gerais registrou um crescimento ainda mais significativo de 176% nas mortes, saltando de 431 para 1.192 no mesmo período.

Maior Independência e Riscos para a Terceira Idade Este aumento alarmante está associado ao crescimento de 57% na população idosa do Brasil nos últimos 12 anos e à maior independência dessa faixa etária. Fernando Baldy dos Reis, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, destaca que "se pensarmos em 20 anos atrás, o idoso sempre morava com a família ou um acompanhante. Hoje, o idoso mora sozinho, faz as suas atividades, vai ao mercado fazer compras, limpa a casa". Ele enfatiza que, com uma casa adaptada e outros cuidados, os idosos podem e devem manter suas atividades diárias.

 

Relatos Pessoais e a Realidade do Impacto das Quedas Maria da Conceição de Oliveira Castro, 86, exemplifica a gravidade do problema. Após sofrer uma queda em Ouro Preto, ela teve que se mudar para um asilo em Belo Horizonte. Maria da Conceição relembra o incidente: “As escadas de pedra em Ouro Preto já são escorregadias, e ainda estava chovendo”.

 

Gravidade das Quedas Aumenta com a Idade Dados de janeiro a outubro de 2023 revelam 12.174 internações por quedas entre idosos de 60 a 79 anos, e 6.049 na faixa acima de 80 anos. Curiosamente, o número de óbitos é maior entre os mais velhos, com 387 mortes acima dos 80 anos, comparados a 349 entre os de 60 a 79 anos.

 

Consequências de Longo Prazo e Impacto Emocional As quedas representam a terceira causa de morte entre pessoas com mais de 65 anos no Brasil. Gustavo Tadeu Sanchez, diretor da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, adverte: “Quando acontece a fratura do quadril, 80% dos pacientes não voltam a ser exatamente como eram antes”. Marcela Teixeira, filha de Maria dos Anjos, 87, relata as consequências de uma queda sofrida pela mãe: “Ela fraturou uma vértebra da coluna, o que foi um divisor de águas na vida dela. Minha mãe ficou com limitações que ela não tinha”. Além do dano físico, o impacto emocional também é significativo, como o medo de sair de casa e o desenvolvimento de quadros depressivos

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