Governo Zema anuncia corte de R$ 1,1 bilhão no orçamento estadual

Cinco dias depois de assinar um decreto que determinava o contingenciamento de despesas no Estado, o governo de Minas Gerais revelou que os cortes somam R$ 1,1 bilhão. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23) pela Secretaria de Comunicação do governador Romeu Zema.

Foto: Presidência

De acordo com o governo, esse montante representa 0,8% do orçamento estadual e cada secretaria e órgão público terá a responsabilidade de reavaliar sua gestão estratégica para otimizar os recursos disponíveis. A gestão estadual garantiu que os cortes não impactarão áreas essenciais, como saúde, educação, segurança e infraestrutura.

O decreto de contenção de gastos, publicado no último sábado (19), surgiu em resposta a uma série de fatores econômicos. Entre eles, o cenário de recessão, a inflação descontrolada e decisões do Governo Federal que impactaram diretamente o caixa mineiro. O Executivo estadual destacou que vetos a artigos do Propag elevaram em R$ 2 bilhões a previsão de despesas do estado, o que forçou a adoção de medidas de controle financeiro.

O conteúdo da medida já vinha sendo ventilado internamente desde o dia 17, quando uma circular do chefe do Estado-Maior da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), coronel Maurício José de Oliveira, foi obtida e divulgada pela imprensa. O documento orientava a suspensão de despesas e determinava que eventuais recursos financeiros recebidos fossem devolvidos integralmente aos cofres públicos.

Em nota, o governo explicou que o objetivo principal do corte é evitar o retorno de Minas ao estado de calamidade fiscal enfrentado no início da atual gestão, em 2019. $&&$“O objetivo da atual gestão, ao implementar tal medida, é impedir que as contas retornem ao estado de calamidade em que estavam no início de 2019, evitando gastos maiores que a arrecadação”$, informou a administração estadual.

Apesar da gravidade do contingenciamento, a equipe do governo afirma que a população não sofrerá com prejuízos em serviços fundamentais, assegurando a continuidade do atendimento nas áreas críticas.