Exército de Israel atuou em Brumadinho com tecnologia avançada de busca e resgate

Em resposta ao rompimento da barragem da Vale, ocorrido em Brumadinho (MG) em janeiro de 2019, o Exército de Israel enviou uma equipe de 136 militares especializados em resgate para apoiar as operações no local da tragédia. A missão foi marcada pelo uso de tecnologias avançadas e pela cooperação com forças brasileiras.

Foto: Divulgação

Os militares israelenses, integrantes da Unidade Nacional de Resgate das Forças de Defesa de Israel (FDI), trouxeram ao Brasil cerca de 16 toneladas de equipamentos, incluindo drones de mapeamento, câmeras térmicas, sonares e dispositivos de rastreamento de sinais de celulares. A atuação, que durou quatro dias, resultou na localização de 35 corpos em meio à lama e aos destroços.

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A operação foi realizada em parceria com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a Defesa Civil. A troca de informações e o uso de georreferenciamento foram apontados como diferenciais para otimizar os trabalhos de busca. A integração foi facilitada pela tenente Amit Levi, de 21 anos, fluente em português por ser filha de brasileira, que atuou como interlocutora entre as equipes.

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Apesar de algumas dúvidas iniciais sobre a eficácia dos equipamentos israelenses diante das condições do terreno, a atuação do grupo foi reconhecida pelas autoridades mineiras. No encerramento da missão, em 31 de janeiro, os militares receberam homenagens do governo estadual e da corporação de bombeiros.

Como forma de agradecimento, o então presidente Jair Bolsonaro concedeu à equipe israelense a “Insígnia da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul”, maior honraria oferecida pelo Brasil a cidadãos estrangeiros. Esta foi a primeira missão humanitária das FDI no país, somando-se a mais de 25 operações internacionais realizadas desde 1985.

Além do suporte técnico, a iniciativa reforçou os laços diplomáticos entre Brasil e Israel, simbolizando um gesto de solidariedade em meio a uma das maiores tragédias ambientais do país.