Trio é acusado de enganar idosa com câncer usando promessas de cura

Uma idosa que enfrentava um tratamento oncológico se tornou alvo de um esquema criminoso em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. A Polícia Civil de Minas Gerais revelou que três pessoas — uma bancária de 31 anos, uma empresária de 68 e um farmacêutico de 43 — foram indiciadas por envolvimento em uma rede de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Foto: Pixabay

O trio teria explorado a vulnerabilidade emocional e física da vítima para convencê-la a adquirir produtos anunciados como 'milagrosos'. Entre os itens vendidos estavam colchões magnéticos, calçados especiais e relógios — todos promovidos com falsas promessas de cura. A suposta eficácia dos produtos era parte de um discurso articulado para enganar a vítima.

Segundo a investigação, o farmacêutico e a empresária atuavam diretamente na venda e promoção dos produtos, enquanto a bancária dava suporte na formalização de contratos e nas movimentações bancárias. A idosa era levada até agências, onde assinava documentos e realizava operações financeiras, sem compreender totalmente os compromissos que assumia.

A polícia identificou que o golpe envolvia também fraudes financeiras, como empréstimos e transferências ilegais. Os valores obtidos por meio do crime eram dissimulados em um processo de lavagem de dinheiro, dificultando sua rastreabilidade e a responsabilização dos envolvidos.

"Para adquirir esses bens, a idosa era induzida a ir até agências bancárias e, com suporte da bancária, assinava contratos e realizava operações financeiras sem entender a extensão dos compromissos", informou a Polícia Civil.

O inquérito já foi finalizado e os três investigados foram formalmente indiciados. O caso gerou indignação na comunidade local e alerta para golpes semelhantes que possam estar sendo aplicados, especialmente contra pessoas em situações de fragilidade.