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Durante uma década, Dominique Pelicot drogou sua esposa e permitiu que outros homens a violentassem enquanto ela estava inconsciente. Mais de 50 cúmplices foram identificados e agora enfrentam a justiça. O caso chocou a França e levantou questões sobre a proteção de vítimas de abuso.
Crimes chocantes em Mazan e as descobertas da polícia
O pacato vilarejo de Mazan, com suas antigas construções datadas do século 14, foi cenário de um dos mais horríveis crimes de abuso sexual. Entre duas e três vezes por semana, Dominique Pelicot, de 72 anos, drogava a esposa, Gisele, misturando sedativos em sua comida, deixando-a inconsciente. Durante esses momentos, ele oferecia o corpo dela online para que homens de fora a violentassem. Durante uma década, Gisele foi abusada sexualmente sem saber, enquanto seu marido gravava tudo.
A descoberta dos crimes ocorreu de forma inesperada. Em setembro de 2020, Pelicot foi preso por um crime menor: filmar por baixo das saias de mulheres em um supermercado. Quando a polícia examinou seu material, encontrou mais de 20 mil fotos e vídeos da violência cometida contra Gisele. Em meio às imagens, os investigadores identificaram 50 homens que participaram do abuso.
Subtítulo: Identificação e perfis dos agressores
As investigações revelaram que os abusadores eram homens comuns, residentes de Mazan ou cidades vizinhas, com idades entre 26 e 74 anos. Eles trabalhavam como bombeiros, enfermeiros, agentes penitenciários e aposentados. Nenhum deles denunciou o crime. Mais de 20 agressores ainda não foram identificados.
As consequências para a saúde de Gisele
Durante o período em que foi drogada e violentada, Gisele apresentou diversos problemas de saúde, incluindo apagões de memória, queda de cabelo e perda de peso. Acreditando estar doente, ela chegou a suspeitar de um tumor cerebral, sem nunca imaginar que seu marido, com quem estava casada há 50 anos e com quem tinha três filhos e sete netos, era o responsável.
O julgamento em Avignon e o depoimento de Gisele
O caso ganhou proporções nacionais, e os julgamentos estão sendo realizados em Avignon, a cerca de 30 minutos de Mazan. Os acusados enfrentam penas de até 20 anos de prisão por estupro, a sentença máxima na França. Muitos deles tentam se esconder das câmeras, usando máscaras e capuzes, mas a gravidade do caso torna difícil escapar da atenção da mídia.
Gisele, agora com 72 anos, tomou uma atitude corajosa ao abrir mão de seu anonimato, algo incomum em casos de estupro na França. “Não existe perdão. Esses homens são imorais”, disse ela ao tribunal. Sua decisão de revelar publicamente o que aconteceu com ela inspirou uma onda de solidariedade e trouxe luz à forma como esses crimes são tratados na sociedade.
Subtítulo: A confissão de Dominique Pelicot
Durante o julgamento, Dominique Pelicot confessou seus crimes em um depoimento de quase quatro horas. "Sou um estuprador, assim como todos os outros réus presentes nessa sala. Todos eles sabiam e não podem dizer o contrário. Mas eu ainda amo minha esposa e peço desculpas, ela não merecia isso", declarou Pelicot. Gisele, impassível, ouviu o depoimento sem demonstrar qualquer emoção.
No entanto, ela respondeu no dia seguinte: “Não existe perdão. Esses homens são imorais.”
Defesas e alegações dos cúmplices
Alguns dos acusados alegaram que acreditavam que Gisele era cúmplice dos atos e que fingia estar dormindo, como parte de um jogo sexual. Gisele, contudo, rebateu essa afirmação de forma veemente: “É humilhante ouvir isso. Eu não tinha como consentir - estava sedada. Estupro é estupro, não existe atenuante”.
Um dos cúmplices de Pelicot admitiu em depoimento que também drogou e abusou de sua própria esposa com a ajuda de Dominique, revelando a extensão do ciclo de violência promovido por ele.
Subtítulo: Impacto e solidariedade
O caso provocou indignação generalizada na França, especialmente devido à longa duração dos abusos sem que ninguém denunciasse. A coragem de Gisele em se expor publicamente trouxe um novo fôlego ao debate sobre a proteção das vítimas de abuso sexual e o tratamento desses casos no sistema judiciário francês.
Audrey Darsonville, professora de direito penal na Universidade Paris Nanterre, afirmou: “Esse privilégio [de manter o anonimato] sempre foi considerado uma forma de proteger a intimidade da vítima. Mas esse caso nos mostrou que é também uma forma de esconder da sociedade os crimes de estupro.”
O julgamento de Pelicot e dos demais envolvidos segue em Avignon, com a expectativa de que justiça seja feita para Gisele, que se tornou um símbolo da luta contra a violência sexual na França.
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