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Política

Eduardo Bolsonaro é barrado da liderança da minoria e pode ter mandato cassado

Presidente da Câmara veta nomeação do deputado, que mora nos EUA, e faltas acumuladas podem levar à perda do cargo

23/09/2025 às 12:13 por Redação Plox

O cenário político em Brasília ganhou novos contornos com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que rejeitou a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como novo líder da minoria na Casa. A medida, oficializada nesta terça-feira (23), representa um duro revés para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e pode resultar em sua cassação.


Imagem Foto: Agência Brasil

A base para a decisão veio de um parecer da Secretaria-Geral da Presidência da Câmara, que classificou a ausência do parlamentar do território nacional como incompatível com as funções de liderança. O documento destacou que a permanência de Eduardo nos Estados Unidos desde fevereiro inviabiliza sua atuação em tarefas como orientar votações, encaminhar requerimentos e participar do Colégio de Líderes.


"Evidencia-se a incompatibilidade do exercício da Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, visto que se encontrar ausente do território nacional", diz o parecer que fundamentou a decisão de Motta.


Apesar de ter solicitado licença de 120 dias após sua partida do país, o prazo já expirou, e desde então, ele começou a acumular faltas em sessões deliberativas. O regimento da Casa é claro: ultrapassar um terço de ausências não justificadas pode levar à perda do mandato. No início deste mês, Eduardo já somava 18 faltas em 32 sessões.


A tentativa mais recente da oposição de nomeá-lo como líder da minoria — em substituição à deputada Caroline de Toni (PL-SC) — surgiu como uma manobra para evitar sua cassação. No entanto, a ausência de comunicação formal sobre sua viagem e a incompatibilidade com as funções parlamentares foram determinantes para o veto.


A minoria na Câmara é composta pelos partidos que fazem oposição ao governo federal, enquanto a maioria reúne os que o apoiam.


O Conselho de Ética da Câmara também entra em cena nesta terça-feira com a análise de um processo contra Eduardo por quebra de decoro parlamentar. Das quatro representações contra ele no colegiado, uma foi pautada e solicita a abertura do processo, com possibilidade de perda do mandato, conforme pedido da bancada do PT.


Paralelamente, Eduardo enfrenta outra frente de desgaste político. Na segunda-feira (22), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra ele e o youtuber Paulo Figueiredo por coação no curso da Justiça. O caso se refere a ações realizadas durante o julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.


Ambos têm se reunido com representantes do governo de Donald Trump, buscando sanções contra autoridades brasileiras. Nas redes sociais, fazem transmissões e postagens nas quais anunciam estratégias e lançam ameaças.
“Estamos lutando pelo impeachment de ministros do STF e pela anistia dos presos do 8 de janeiro”, afirmam Eduardo e Paulo.

As ações do grupo liderado por eles já surtiram efeitos. Produtos brasileiros foram taxados em 50%, vistos de autoridades foram cancelados e a Lei Magnitsky foi usada contra o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre a tentativa de golpe. A esposa de Moraes e um instituto vinculado a ela também se tornaram alvos da legislação norte-americana. Além disso, o advogado-geral da União, Jorge Messias, teve seu visto revogado.


A crise envolvendo Eduardo Bolsonaro se intensifica num momento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro também está pressionado por investigações e condenações relacionadas ao 8 de janeiro de 2023. A estratégia de Eduardo nos Estados Unidos, que inclui lobby por sanções e anistias, parece não estar surtindo os efeitos desejados no cenário interno. Agora, com o veto à liderança e o avanço do processo no Conselho de Ética, o futuro político do deputado federal está mais incerto do que nunca.


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