Saúde

Câncer de pele lidera diagnósticos no Brasil e exige atenção redobrada no verão

Tipo de câncer mais comum no país, com cerca de 220 mil novos casos anuais de não melanoma, demanda proteção diária, diagnóstico precoce e monitoramento de sinais de alerta, como manchas, pintas alteradas e feridas que não cicatrizam.

23/12/2025 às 16:33 por Redação Plox

Com a chegada do verão, os cuidados com a pele ganham ainda mais importância. As altas temperaturas registradas nos últimos meses, que vêm batendo recordes históricos no Brasil, tendem a se intensificar nessa época do ano, ampliando a exposição ao sol e, consequentemente, os riscos à saúde. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que o país enfrenta ondas de calor cada vez mais frequentes e intensas, resultado das mudanças climáticas, o que mantém a radiação solar em níveis elevados por períodos prolongados. Nesse cenário, a atenção ao câncer de pele precisa ser redobrada e incorporada à rotina da população.

Release - Câncer de pele lidera diagnósticos no país e exige atenção redobrada durante o verão

Foto: Divulgação

O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e responde por cerca de 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no país. Segundo o Ministério da Saúde, com base em estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados aproximadamente 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma por ano no Brasil. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) ressalta que, embora o melanoma represente uma parcela menor dos diagnósticos, trata-se da forma mais agressiva da doença e responsável pela maioria das mortes relacionadas ao câncer de pele, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.

Sinais de alerta que não devem ser ignorados

De acordo com a dermatologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Dra. Lívia de Castro Fernandes, muitos sinais iniciais acabam passando despercebidos pela população.

Os primeiros sinais de câncer de pele são alterações que surgem na pele, como manchas ou lesões persistentes, pintas que mudam de forma, crescem ou modificam a cor, além de feridas que não cicatrizam apesar do uso de pomadas, explica a médica, ao alertar que mudanças aparentemente simples merecem atenção imediata.Dra. Lívia de Castro Fernandes

Segundo a especialista, identificar o problema no início faz toda a diferença no tratamento e no prognóstico da doença. Ela destaca que, com o diagnóstico precoce, aumentam as chances de cura, há menores sequelas cirúrgicas e é possível detectar lesões pré-cancerosas, prevenindo casos futuros.

Proteção solar diária e cuidados com a exposição

O uso diário de protetor solar é apontado como um dos pilares da prevenção, embora ainda gere muitas dúvidas. A dermatologista orienta que o produto é indispensável e que o ideal é evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h. Quando a exposição for inevitável, ela recomenda buscar proteção adicional, como áreas cobertas por marquises, árvores ou outros locais que ofereçam sombra.

Além da exposição excessiva ao sol, outros fatores também contribuem para o desenvolvimento do câncer de pele. Pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou mais sensíveis ao sol, indivíduos com histórico pessoal ou familiar de câncer, com doenças cutâneas prévias e aqueles expostos a câmaras de bronzeamento artificial apresentam risco aumentado, ressalta a médica.

Risco existe para todos os tipos de pele

Embora o câncer de pele seja mais comum em pessoas de pele e olhos claros e mais sensíveis à radiação solar, a dermatologista reforça que indivíduos de pele mais escura também estão suscetíveis à doença. Nesses casos, são mais frequentes lesões em regiões palmares e plantares, o que exige atenção redobrada a essas áreas do corpo.

Tratamentos mais indicados e casos especiais

Em relação ao tratamento, a cirurgia ambulatorial segue como a principal e mais indicada forma de abordagem para a maioria dos casos de câncer de pele. Em situações específicas, como no melanoma, considerado um tipo mais agressivo, podem ser necessários outros recursos terapêuticos, como radioterapia, quimioterapia e novos medicamentos, especialmente quando há metástases.

Diante de um verão que promete ser ainda mais quente, a adoção de cuidados simples no dia a dia, como observar a própria pele, usar protetor solar regularmente, evitar horários de maior radiação e procurar um dermatologista ao notar qualquer alteração, ajuda a transformar informação em prevenção e reforça a importância de cuidar da saúde antes que o problema se manifeste de forma mais grave.

Fundação São Francisco Xavier: atuação em saúde e educação

A Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica em atividade desde 1969 e conta com cerca de 6.200 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares: o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, que realiza cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, e o Hospital Municipal Carlos Chagas, em Itabira (MG), com 100% dos atendimentos pelo SUS.

Essas unidades têm gestão pautada pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pela adoção das melhores práticas de segurança. Além dos hospitais, a Fundação administra a operadora de planos de saúde Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém alguns dos melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua gestão.

Na área educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em Educação na região, atendendo cerca de 2 mil alunos, da educação infantil à formação técnica.

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