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Política
Zema sanciona lei que autoriza privatização da Copasa em Minas Gerais
Norma publicada no Diário Oficial permite avanço da venda da estatal de saneamento, garante estabilidade aos trabalhadores por 18 meses e impõe metas de universalização de água e esgoto e manutenção da tarifa social
23/12/2025 às 09:21por Redação Plox
23/12/2025 às 09:21
— por Redação Plox
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou a lei que autoriza a privatização da Copasa, companhia estadual de saneamento. O texto, aprovado na semana passada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (23), o que habilita oficialmente o Executivo mineiro a dar sequência à venda da estatal.
Com publicação de texto, governo de Minas está oficialmente autorizado a dar andamento na privatização da companhia de saneamento.
Foto: Divulgação / Copasa.
Garantias aos trabalhadores e realocação futura
A proposta aprovada pelos deputados estaduais, agora transformada em lei, assegura a manutenção do contrato de trabalho dos empregados da Copasa por 18 meses, contados a partir da desestatização da empresa. Passado esse período, o governo de Minas passa a ter autorização para lotar esses trabalhadores em outras entidades públicas estaduais.
Metas de universalização e tarifa social
No processo de privatização, o futuro controlador da Copasa deverá cumprir uma série de exigências previstas na nova legislação. Entre elas, está o atendimento de metas de universalização dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em todas as cidades hoje atendidas pela companhia, além da manutenção da tarifa social para a população em situação de vulnerabilidade.
Tramitação na Assembleia e resistência da oposição
O projeto que autorizou a venda da Copasa passou por sete meses de discussões na ALMG, em um processo marcado por forte obstrução da oposição ao governo Zema. Na última quarta-feira (17/12), após uma sessão que se estendeu por nove horas, os deputados estaduais encerraram os debates e aprovaram a autorização para a privatização da estatal de saneamento.
Destino dos recursos e foco no Propag
Pelo texto aprovado, os recursos obtidos com a desestatização da Copasa devem ser destinados prioritariamente à amortização da dívida de Minas Gerais com a União, hoje em torno de R$ 180 bilhões, ou ao cumprimento das obrigações previstas no Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
A gestão de Romeu Zema, no entanto, mira principalmente o segundo caminho. Para aderir ao Propag, os estados precisam oferecer contrapartidas, como a realização de investimentos adicionais em áreas específicas. A estratégia do governo mineiro é utilizar o montante arrecadado com a privatização para financiar ações em educação profissionalizante, infraestrutura e segurança, em linha com as exigências do programa federal.