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Economia

Tirar visto para trabalhar nos EUA pode ficar mais difícil? Saiba como as novas políticas migratórias de Trump impactam imigrantes

Estrangeiros que desejam entrar nos Estados Unidos estão sujeitos a uma série de regras para tirar o visto

24/01/2025 às 10:33 por Redação Plox

O governo de Donald Trump voltou a levantar debates sobre imigração nos Estados Unidos, gerando dúvidas entre estrangeiros que pretendem morar e trabalhar legalmente no país. Com novas declarações e medidas de endurecimento na fiscalização de fronteiras, cresce a preocupação sobre possíveis mudanças nas regras para a obtenção de vistos de trabalho.

Aumento da fiscalização e imigração ilegal

Desde sua reeleição, Trump tem priorizado a contenção da imigração ilegal, já decretando emergência na fronteira com o México. Essa postura é reforçada por dados do Pew Research Center, que mostram um aumento significativo de imigrantes ilegais brasileiros nos EUA, passando de 100 mil em 2012 para 230 mil em 2022 — um salto de 130%.

Segundo o especialista em Direito Internacional Empresarial Marcelo Godke, o foco maior será no combate à imigração irregular, sem mudanças imediatas nas regras para vistos legais. “Não há uma indicação de que o sistema de atração de trabalhadores qualificados, que está em vigor há muito tempo, vá ser alterado”, afirma.

Foto: Arquivo pessoal

Regras para vistos de trabalho

Apesar de a legislação permanecer inalterada, a análise dos processos de visto tornou-se mais rigorosa desde o primeiro mandato de Trump. Marcelo Godke explica que isso afeta até mesmo categorias como o visto EB-1, destinado a pessoas com habilidades extraordinárias. “A aceitação de artigos acadêmicos, por exemplo, está mais criteriosa, exigindo comprovação de que a publicação é relevante e de alto impacto. Antes, revistas científicas comuns eram aceitas com mais facilidade.”

O especialista ressalta que há mais de 180 tipos de vistos nos EUA, cada um com exigências específicas. Entre eles, o visto H-1B, para profissionais qualificados em Tecnologia, Medicina e Engenharia, continua em alta demanda, já que faltam profissionais nessas áreas nos Estados Unidos.

Impactos no processo de empregadores

Para contratar estrangeiros, empresas americanas devem seguir regras que priorizam trabalhadores locais. Marcelo Godke detalha que as empresas precisam anunciar a vaga para cidadãos americanos e oferecer um salário dentro da média nacional. Apenas se não conseguirem preencher a posição, podem contratar estrangeiros e dar início ao processo de emissão de vistos, como o green card.

Casos pessoais: os desafios para obtenção de vistos

Flávia Ivo e seu marido Fabrício Vilas Bôas viveram os desafios das políticas migratórias. Em 2019, Fabrício, biólogo, recebeu um convite para trabalhar como pesquisador científico em Nova Jersey. Ele obteve o visto J-1, destinado a intercâmbios culturais e educacionais, mas o processo foi demorado. “Foi necessário ir a São Paulo e passar por todo o processo consular, mesmo com a carta-convite da universidade e a documentação”, relembra Flávia.

Durante a pandemia, o casal enfrentou um longo período de separação, com Flávia no Brasil e Fabrício nos EUA. Só 21 meses depois, em 2021, os dois conseguiram se reencontrar. Em 2022, Flávia obteve o visto J-2, para cônjuges de quem possui o J-1, após um processo que durou quatro meses e envolveu custos extras para agendar a entrevista no consulado.

Principais tipos de visto de trabalho nos EUA

  • EB-1: Para pessoas com habilidades extraordinárias, professores excepcionais e executivos de multinacionais.
  • EB-2: Voltado a indivíduos com habilidades excepcionais que beneficiem a economia dos EUA.
  • EB2 NIW: Dispensa a oferta de emprego para profissionais altamente qualificados que possam contribuir significativamente para o país.
  • EB-3: Para trabalhadores qualificados ou não qualificados, com oferta de emprego.
  • H-1B: Necessário para áreas como Tecnologia, Engenharia e Medicina, com diploma universitário e oferta de trabalho.
  • L-1: Para executivos de multinacionais transferidos para os EUA.
  • O-1: Destinado a profissionais de destaque em Ciências, Artes, Educação ou Negócios.
  • H-2A e H-2B: Para trabalhadores agrícolas e não-agrícolas temporários.
  • P: Atletas, artistas e profissionais de entretenimento que se apresentarão nos EUA.
  • Q-1: Voltado para intercâmbios culturais entre países.

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