Haddad diz que inflação pode surpreender positivamente em 2025

Durante um evento promovido pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (24), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo com relação ao comportamento da inflação no país em 2025.

Foto: Ministério da Fazenda

Segundo Haddad, fatores como uma safra agrícola recorde, a movimentação do câmbio e o atual cenário geopolítico internacional podem contribuir para que o índice surpreenda de forma positiva. “Eu acredito que nós possamos nos surpreender positivamente com a inflação”, afirmou o ministro.

No mesmo dia, o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, apontou leve redução na projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o fim do ano. A estimativa passou de 5,66% para 5,65%.

Além de abordar a inflação, Haddad também defendeu iniciativas voltadas para o combate ao superendividamento da população. Entre elas, destacou a importância do crédito consignado no setor privado e da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). As medidas vêm sendo discutidas mesmo diante de críticas quanto ao seu impacto sobre os efeitos da política de juros conduzida pelo Banco Central.

“Essas medidas que estamos tocando são justamente para evitar o superendividamento”, declarou. A fala ocorre poucos dias após a elevação da taxa Selic para 14,25% pelo Comitê de Política Monetária (Copom), no último dia 19, o maior índice desde 2016.

Outro ponto mencionado pelo ministro foi o desempenho do programa Crédito do Trabalhador, disponibilizado na sexta-feira (21). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, mais de 40 milhões de simulações já foram feitas por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.

Por fim, Haddad lembrou que a proposta de isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais já foi enviada ao Congresso. A medida contempla também descontos para a faixa salarial entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

As falas do ministro reforçam o posicionamento do governo federal diante dos desafios econômicos e das estratégias para equilibrar crescimento, controle da inflação e apoio ao consumidor.