Detecção de partículas do vírus da gripe aviária em leite nos EUA

A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos relatou a detecção de partículas do vírus da gripe aviária H5N1 em amostras de leite pasteurizado comercializado em supermercados. Esse achado ocorreu durante um período de intensa vigilância devido a um surto do vírus, que agora também afeta bovinos.

Descoberta durante surto em bovinos

No comunicado divulgado na última terça-feira, a FDA explicou que os traços do vírus encontrados provavelmente são resquícios inativos, destruídos durante o processo de pasteurização do leite. Esses resultados foram obtidos através de testes laboratoriais de alta sensibilidade. Apesar de a presença do vírus não representar uma ameaça imediata de infecção para os consumidores, a agência prossegue com investigações adicionais para eliminar qualquer risco potencial.

Expansão preocupante do vírus H5N1

Recentemente, o H5N1, conhecido por infectar aves, começou a afetar também os rebanhos bovinos nos Estados Unidos, tendo sido identificado em pelo menos 30 rebanhos de oito diferentes estados. Este desenvolvimento alarmante inclui a documentação de um caso de transmissão de gripe aviária de uma vaca para um humano, um evento que sugere novos caminhos de contágio do vírus.

Riscos para humanos e medidas preventivas

Embora a transmissão do H5N1 para humanos geralmente ocorra pelo contato com aves infectadas ou suas excreções, os sintomas em humanos são similares aos de uma gripe comum e são tratáveis com antivirais. Contudo, indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, idosos e aqueles com doenças crônicas estão em maior risco e podem desenvolver formas mais graves da doença.

Procedimentos de segurança em produtos lácteos

Em resposta à detecção do vírus em rebanhos, a produção leiteira desses animais infectados está sendo destruída como medida de precaução. A FDA reafirma a segurança dos produtos lácteos disponíveis no mercado, destacando que o processo de pasteurização é geralmente eficaz na eliminação de patógenos, assegurando que o consumo de leite e derivados não representa risco à saúde pública.