Oi enfrenta tempestade financeira com prejuízo bilionário e redução de receitas

Subtítulo: Gigante da telecomunicação luta para se reerguer em meio a desafios e apresenta queda significativa em indicadores financeiros

A Crise da Oi

O cenário financeiro da gigante das telecomunicações, Oi (OIBR3), está carregado de turbulência. Segundo anúncio da própria empresa nesta segunda-feira (22), a Oi registrou um prejuízo líquido de impressionantes R$ 17,6 bilhões no quarto trimestre de 2022, valor este que representa um aumento alarmante de 396,3% comparado ao prejuízo de R$ 3,559 bilhões observado no mesmo período do ano anterior. Surpreendentemente, essa cifra negativa ultrapassa de longe a previsão de prejuízo de R$ 885,2 milhões que o mercado esperava para o período.

Desempenho da Receita e Ebitda

A queda em seus números não para no prejuízo líquido. A Oi também revelou que seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) habitual ficou em R$ 396 milhões, número que aponta para uma redução significativa de 76,8% em um ano. Além disso, a receita líquida da empresa no quarto trimestre de 2022 caiu 42,1%, totalizando R$ 2,649 bilhões - abaixo dos R$ 4,571 bilhões do mesmo período em 2021, mas acima da projeção de R$ 2,333 bilhões feita pelo consenso Refinitiv.

As Razões por Trás da Queda

A Oi atribui esse declínio a dois fatores principais. Primeiro, a conclusão da venda total da Unidade Produtiva Isolada (UPI) de Ativos Móveis e da venda parcial da UPI InfraCo, como parte do Plano Estratégico de Transformação da empresa. Essas operações descontinuadas causaram uma diminuição nas receitas.

O Lado Positivo: A Nova Oi

Por outro lado, há um lado mais positivo na história. As operações da "Nova Oi", que incluem Oi Fibra e Oi Soluções, tiveram um crescimento de 5,6% na receita líquida em comparação anual. A empresa vê esse aumento de desempenho como uma garantia de que as operações principais estão rendendo bons frutos.

Redução da Dívida e Grupamento de Ações

A Oi também revelou uma diminuição em sua dívida líquida, que fechou o quarto trimestre em R$ 19,079 bilhões, representando uma redução de 41,4% quando comparada ao mesmo período de 2021, quando a dívida era de R$ 32,573 bilhões.

Em uma estratégia para evitar a negociação de suas ações abaixo de R$ 1,00 - seguindo normas da bolsa brasileira - a empresa, que antes era conhecida como Telemar, realizou um grupamento de ações.

Conclusão

A jornada de recuperação da Oi é marcada por reviravoltas. Mesmo em meio a uma tempestade financeira, a empresa se mostra resiliente, buscando alternativas e ajustes estratégicos para sua sobrevivência no mercado de telecomunicações. Mesmo com o aumento expressivo de prejuízos, a Oi tem conseguido algum sucesso com suas operações remodeladas, como Oi Fibra e Oi Soluções, mostrando um crescimento na receita líquida. Ainda assim, a companhia enfrenta desafios significativos pela frente. Com uma queda acentuada em vários indicadores-chave, resta ver como a Oi vai se reestruturar e quais serão os próximos capítulos dessa saga corporativa.