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Saúde

Dormir demais pode prejudicar o cérebro, revela novo estudo

Pesquisa aponta que mais de 9 horas de sono por noite está ligada a pior desempenho cognitivo e pode indicar outros problemas de saúde

24/05/2025 às 23:11 por Redação Plox

A busca por uma boa noite de descanso é comum, mas novos dados científicos sugerem que dormir demais pode trazer riscos à saúde do cérebro.


Imagem Foto: Pixabay

Um estudo recente publicado na revista Alzheimer’s & Dementia investigou o impacto da duração do sono na cognição de mais de 1.800 participantes, com idades entre 27 e 85 anos. Todos eles estavam livres de diagnóstico de demência e faziam parte do Framingham Heart Study, realizado em Massachusetts, nos Estados Unidos.


Os pesquisadores constataram que pessoas que dormiam nove horas ou mais por noite apresentavam desempenho cognitivo inferior. O efeito foi ainda mais marcante entre aqueles que relataram sintomas de depressão — mesmo entre os que faziam uso de antidepressivos.


Além disso, os chamados “dorminhocos” eram mais propensos a apresentar sinais depressivos, o que levou os estudiosos a classificarem o sono prolongado como um possível fator de risco modificável para o declínio cognitivo em indivíduos com depressão.


A médica Vanessa Young, responsável pela pesquisa, alerta que dormir mais de nove horas de forma recorrente pode indicar a presença de outros problemas, como alterações vasculares, quadros depressivos ou mudanças na saúde cerebral. Ela destaca que o aumento recente da duração do sono merece atenção especial, pois pode ser sintoma de um declínio cognitivo inicial.


Segundo Young, ainda não é possível afirmar se o sono excessivo causa a piora cognitiva ou se o contrário acontece. No entanto, ela ressalta que o achado reforça a necessidade de vigilância sobre mudanças no padrão de descanso.


O neurologista e especialista em medicina do sono, W. Christopher Winter, explica que a relação entre sono e saúde segue um padrão de “curva J”: dormir mais não significa, necessariamente, melhores resultados. De acordo com ele, o ideal seria manter entre sete e nove horas de sono por noite, com os melhores índices de saúde observados em quem dorme cerca de sete horas.


Winter destaca que cada pessoa possui necessidades únicas e que sinais como a rapidez para pegar no sono ou a sonolência durante o dia são indicativos importantes. “Se você adormece muito rápido ou luta para se manter acordado, pode não estar dormindo o suficiente. Por outro lado, se demora muito para pegar no sono, talvez esteja exagerando no tempo de cama”, explica.


Concluindo, Young reforça a importância do equilíbrio: “Não se deve presumir que dormir mais é sempre melhor. O sono é apenas uma peça de um quebra-cabeça maior quando falamos em saúde cerebral.”


O estudo serve de alerta para quem acredita que longas horas de sono são sempre benéficas. Entender e respeitar os sinais do corpo pode ser fundamental para preservar o bom funcionamento do cérebro.


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