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Anna Jatobá e a Trama da Justiça: Como Exames Criminológicos Afetaram sua Progressão de Pena

O caso de Anna Jatobá mostra como os processos de avaliação de detentos podem ser extensos e meticulosos, envolvendo a análise de comportamento, histórico de saúde mental, e outros fatores relevantes.

24/06/2023 às 12:53 por Redação Plox

 

Esta semana, Anna Carolina Jatobá obteve um avanço significativo em seu caso. Condenada pelo homicídio de sua enteada Isabella Nardoni, Jatobá foi transferida para o regime aberto após permanecer 15 anos na prisão. Esta progressão foi uma decisão judicial que levou em conta diversos fatores, incluindo exames criminológicos. Vamos explorar os elementos que guiaram essa mudança.

Exames Criminológicos: Avaliando o Detento

Os exames criminológicos têm como objetivo avaliar se um indivíduo preso é apto para voltar à sociedade, e se representa algum risco. Segundo Luiz Felipe Rigonatti, médico psicanalista e diretor do núcleo de perícias psiquiátricas do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), esses exames não são obrigatórios desde 2003, mas podem ser solicitados por juízes em casos específicos.

Durante os exames, são avaliadas circunstâncias como: a capacidade de entendimento do detento no momento do crime, a possibilidade de controle sobre suas ações, e a presença de transtornos mentais ou dependências químicas.

Procedimento dos Exames

Rigonatti explica que os exames são realizados de maneira semelhante a uma entrevista, com duração média de uma hora. Além de conversar com o detento, os especialistas avaliam exames e informações previamente coletadas. Quando necessário, exames neurológicos podem ser requisitados.

Há também uma avaliação específica chamada PCL-R para identificar psicopatia. Nesta, uma pontuação é atribuída, indicando as probabilidades e o grau de risco que a pessoa pode apresentar para a sociedade.

No caso de Anna Jatobá, foi utilizado também o teste de Rorschach, que consiste na análise de como o indivíduo interpreta manchas impressas em placas, revelando traços de personalidade e possíveis psicopatologias.

Identificando a Verdade

Uma vez que a progressão pode beneficiar o detento, existe a possibilidade de falsidade nas respostas. Entretanto, os psiquiatras forenses possuem métodos para identificar mentiras e desvios de personalidade. Através da conversa com o detento, eles podem detectar problemas específicos, como afirmou Rigonatti: "A gente conhece como é a doença, como ela se manifesta e quais as características principais que ela apresenta, é quando encontramos alterações no exame e investigamos."

Requisitos para a Progressão de Pena

 

Anna Jatobá e Alexandre Nardoni – Foto: Reprodução

 

Roberto Guastelli, um advogado criminalista, explica que existem certos requisitos para que um detento seja elegível para a progressão de regime. Os requisitos incluem ter cumprido uma fração da pena - 1/6 para crimes simples, 2/5 para crimes hediondos, e 3/5 em caso de reincidência. Além disso, é necessário que o detento tenha tido bom comportamento durante sua estadia na prisão.

É importante destacar que o advogado ou a Defensoria Pública devem solicitar a progressão de pena para o detento. Os exames criminológicos podem ser usados para auxiliar nessa decisão, embora não sejam obrigatórios. No entanto, se o juiz de execuções penais considerar necessário, poderá exigir tais exames, fundamentando sua decisão.

O Caso de Anna Jatobá

No caso de Anna Jatobá, a Justiça considerou vários fatores para conceder a progressão para o regime aberto. Entre eles, estava o fato de que ela havia cumprido mais da metade de sua condenação original de 26 anos e mantinha bom comportamento na penitenciária de Tremembé.

Os exames criminológicos desempenharam um papel importante na análise de sua aptidão para viver em sociedade. O caso de Anna Jatobá mostra como os processos de avaliação de detentos podem ser extensos e meticulosos, envolvendo a análise de comportamento, histórico de saúde mental, e outros fatores relevantes.

Com a mudança para o regime aberto, Anna Jatobá terá a oportunidade de reintegrar-se à sociedade. É importante notar que a Justiça busca equilibrar a necessidade de punição por crimes cometidos com a possibilidade de reabilitação e reintegração dos indivíduos ao tecido social.

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