Artesã de Antônio Dias é premiada em edital estadual de cultura

A dedicação de Regina Aparecida de Sá Santos ao artesanato tradicional foi reconhecida de forma especial: ela foi contemplada na categoria Mestras e Mestres do Edital 02/2024 – Edital de Chamamento Público nº 11/2024, parte da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). O prêmio, voltado a valorizar mestres e mestras da cultura popular, destacou Regina entre os poucos selecionados de todo o estado de Minas Gerais.

Foto: Divulgação

A artesã, natural da cidade de Antônio Dias, é referência no Tecer da Palha do Indaiá, prática que aprendeu com sua mãe e sua avó, e que carrega uma história passada de geração em geração. Sua habilidade não se resume à produção: ela também compartilha seus saberes por meio de oficinas de trança, tingimento e costura da palha, fortalecendo a continuidade desse saber tradicional.

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Regina celebrou a conquista com entusiasmo e emoção: “Ser premiada no projeto inscrito na Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) foi extremamente gratificante. Ser artesã é algo especial, não é para qualquer pessoa. É um dom que muitas vezes permanece escondido e precisa ser descoberto. Essa conquista foi muito importante para mim, pois trouxe não apenas reconhecimento, mas também um recurso que vai me ajudar a crescer ainda mais no meu trabalho. É uma vitória que me fortalece e me motiva a seguir em frente.”

Com atuação marcante na Associação Cultural Indaiá, Regina também esteve à frente da Casa do Indaiá entre 2020 e 2023, sendo hoje responsável pelo controle de qualidade das peças artesanais. Além disso, representa o município em eventos de grande porte, como a Feneart, realizada em Recife, e a Feira Nacional de Artesanato.

O reconhecimento reafirma a importância do Tecer da Palha do Indaiá como expressão da cultura popular mineira, destacando sua relevância como patrimônio cultural vivo. A conquista de Regina também fortalece o papel das mestras e mestres que mantêm vivas tradições brasileiras por meio do trabalho manual e da memória coletiva.

É um dom que muitas vezes permanece escondido e precisa ser descoberto, afirmou a artesã, ao celebrar o reconhecimento por seu trabalho com a palha do Indaiá.