O ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido nesta quinta-feira (25), feriado de Natal, a uma nova cirurgia no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento tem como foco a correção de uma hérnia inguinal bilateral e o controle de um quadro de soluços persistentes que vem afetando sua saúde.
Procedimento autorizado pelo STF ocorre nesta quinta-feira (25) no Hospital DF Star, em Brasília; Bolsonaro trata hérnia inguinal e quadro de soluços persistentes.
Foto: Reprodução / Agência Brasil.
Bolsonaro foi internado na manhã de quarta-feira (24) para a realização de exames pré-operatórios na unidade hospitalar. A cirurgia está agendada para esta quinta (25), com acompanhamento de uma equipe especializada.
O procedimento será conduzido pela equipe liderada pelo cirurgião Cláudio Birolini e envolve duas intervenções principais.
Correção de hérnia inguinal bilateral: a cirurgia busca reparar uma protuberância na região da virilha provocada pelo enfraquecimento da parede abdominal. Segundo peritos, o quadro teria piorado progressivamente em razão do aumento da pressão intra-abdominal, agravada por tosse crônica e episódios de soluços.
Bloqueio anestésico do nervo frênico: essa intervenção tem o objetivo de controlar os soluços persistentes (singulto), associados a lesões ou irritações nervosas, possivelmente relacionadas a múltiplas cirurgias anteriores.
A transferência de Bolsonaro e a realização da cirurgia foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após perícia oficial da Polícia Federal apontar a necessidade do procedimento. O laudo classificou a operação como eletiva, ou seja, programada, e não emergencial.
Bolsonaro, que está sob custódia na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, foi levado ao hospital sob sigilo e forte esquema de segurança. A decisão judicial determina que a permanência na unidade seja monitorada por agentes federais e que o ex-presidente retorne à custódia assim que receber alta médica.
A previsão da equipe médica é de que a internação dure entre cinco e sete dias, de acordo com a evolução clínica no pós-operatório. Durante esse período, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi autorizada a permanecer como acompanhante.
O novo procedimento se soma a uma série de intervenções médicas realizadas desde o atentado sofrido por Jair Bolsonaro em 2018. As cirurgias abdominais anteriores deixaram a região mais suscetível a aderências e hérnias.
Em abril deste ano, o ex-presidente já havia passado por uma cirurgia complexa para desobstrução intestinal e correção de aderências, quadro que, segundo especialistas, pode aumentar o risco de novas complicações abdominais.
