Barba branca, roupa vermelha, risada inconfundível e muita paciência. Quem pensa que Papai Noel só trabalha em dezembro se engana: a profissão exige dedicação o ano inteiro e pode garantir um bom reforço no orçamento no fim do ano.
Em Bauru (SP), Carlos Pereira é um desses profissionais que vivem o espírito natalino. Durante quase todo o ano, ele vende pipoca nas ruas da cidade, mas, quando o calendário se aproxima de dezembro, troca o carrinho pelo trenó e se transforma no Bom Velhinho, atuando em shoppings e eventos da região.
Profissionais mantêm barba e preparam figurino durante o ano para atuar em shoppings e eventos.
Foto: Reprodução / TV TEM.
Com cerca de 23 anos de experiência como Papai Noel, sendo pelo menos 20 deles em shoppings, Carlos acumulou histórias e também renda. No período natalino, o faturamento dele pode chegar a R$ 20 mil, um “presente” de fim de ano que faz diferença nas contas da família.
Outro profissional que investe na função é Vainer da Silva. Assim como Carlos, ele aproveita a temporada para reforçar o orçamento e pode faturar até R$ 15 mil no período. Para ele, porém, o maior retorno não é o financeiro, mas a chance de representar o personagem e participar de momentos especiais com as crianças.
Por trás da imagem do Bom Velhinho, há uma rotina que passa longe da improvisação. A profissão exige preparo físico, emocional e também estético. A famosa barba branca, por exemplo, é mantida o ano todo, com cuidados constantes para estar impecável na época do Natal.
Além da barba, o figurino também demanda atenção. A roupa vermelha precisa estar sempre limpa, bem conservada e confortável, já que a jornada costuma ser intensa: são muitas horas em pé, incontáveis fotos, abraços e pedidos que vão muito além da lista de brinquedos, envolvendo desejos pessoais e familiares.
Além da renda extra, eles destacam a emoção e a magia do Natal.
Foto: Reprodução / TV TEM.
Mesmo quando dezembro termina, o personagem não desaparece completamente. Muitos Papais Noéis afirmam que vivem o papel 24 horas por dia, atentos à possibilidade de serem reconhecidos por crianças em situações cotidianas, como no supermercado ou na fila do banco. A figura do Bom Velhinho ultrapassa o trabalho e se torna parte da identidade desses profissionais.
No fim das contas, a função vai muito além da venda de presentes. Ela envolve emoção, memória afetiva e a sensação de que, pelo menos uma vez por ano, pessoas de todas as idades voltam a acreditar em magia e renovam seus sonhos.
O que é o Natal? É comemoração, é o nascimento do Menino Jesus. É uma vez por ano. É alegria. Não importa a idade: sempre vai ter aquela criança dentro de si, com desejos e sonhos. Isso não pode se perderNoel
