Conexão Hacker: Mauro Cid presta novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta (25)

Na tarde desta sexta-feira, 25 de agosto, o cenário político brasileiro voltou seus olhos para Brasília. O tenente-coronel Mauro Cid, outrora ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, se dirigiu à Polícia Federal para mais um depoimento. O foco? Esclarecer mais detalhes sobre o caso que envolve Walter Delgatti, o hacker acusado de invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com um objetivo perturbador: implementar uma ordem de prisão direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dentro das paredes da PF, espera-se que Cid traga luz sobre um encontro peculiar que ocorreu no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. Segundo informações, Jair Bolsonaro havia recebido Delgatti em uma reunião no ano anterior. Um detalhe notável? O próprio hacker confirmou essa reunião ao prestar seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que se dedicou a investigar os incidentes criminosos de 8 de janeiro.

Delgatti, CNJ e as suspeitas em torno do TSE As revelações não pararam por aí. Walter Delgatti compartilhou, perante a CPMI, uma informação alarmante. Alegou que, durante seu encontro com o ex-presidente, lhe foi feita uma oferta de indulto judicial. O propósito? Incentivar a invasão ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, posteriormente, denunciar vulnerabilidades na segurança das urnas eletrônicas.

Entretanto, Bolsonaro, juntamente com seus filhos e equipe, não apenas confirmou a reunião com Delgatti, mas também destacou que o hacker foi direcionado ao Ministério da Defesa. A intenção era que ele compartilhasse suas impressões acerca de um relatório submetido ao TSE sobre as urnas eletrônicas. Contudo, todos são enfáticos ao negar qualquer envolvimento em atividades ilícitas.

A trama ganha ainda mais complexidade quando lembramos que Delgatti foi preso no começo de agosto, decorrente de uma operação da Polícia Federal relacionada à invasão ao sistema do CNJ. No mesmo período, surpreendentemente, a deputada federal Carla Zambelli, supostamente responsável por contratar os serviços do hacker, foi surpreendida com um mandado de busca e apreensão, tendo seu passaporte e dispositivos móveis confiscados.