Silas Malafaia ironiza encontros de Janja com evangélicas

Durante esta segunda-feira (25), o pastor Silas Malafaia, conhecido líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), comentou de forma crítica os encontros que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, tem promovido com mulheres evangélicas em diferentes regiões do país.

Foto :Instagram

Um dos mais recentes desses eventos aconteceu em Ceilândia, no Distrito Federal — local de origem da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A reunião foi realizada na Igreja Coletivação e teve como foco o diálogo entre Janja e representantes femininas do segmento religioso.

Malafaia, no entanto, minimizou a importância dessas ações, afirmando que os encontros são “organizados por pessoas sem nenhum pingo de expressão no mundo evangélico”. Segundo ele, nenhuma das figuras femininas presentes nas agendas é reconhecida como liderança influente no meio.

“Eu dou risada desses encontros de Janja. Tudo arrumado com gente que não tem nenhum pingo de expressão no mundo evangélico, nenhuma mulher de expressão no mundo evangélico. Eu conheço quem é quem no mundo evangélico. Não tem uma, uma de centenas de mulheres de expressão do mundo evangélico”

De acordo com Malafaia, os esforços da esposa do presidente Lula (PT) para se aproximar do eleitorado evangélico seriam ineficazes, principalmente por conta das posições políticas do próprio presidente, que destoariam das crenças desse público.

No dia 14 de agosto, Janja também participou de um evento em Salvador (BA), ao lado da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Na ocasião, ela destacou a importância de “desenvolver soluções e políticas que façam bem para o povo”.

Além dessas ações em Brasília e Salvador, a primeira-dama já esteve presente em agendas semelhantes nas cidades de Manaus e em outras capitais brasileiras. Os eventos são interpretados como tentativas de reduzir a rejeição ao governo Lula entre os evangélicos — um grupo que, historicamente, apresenta maior afinidade com a direita política.

Pesquisas recentes apontam para o aumento da rejeição do público evangélico em relação ao presidente, o que pode representar um desafio significativo para o cenário eleitoral de 2026.