Lula mantém otimismo sobre encontro com Trump e não descarta reunião presencial

Durante coletiva de imprensa em Nova York nesta quarta-feira (24/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não descarta um encontro presencial com Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos. A possibilidade surge após uma breve interação entre os dois na Assembleia-Geral da ONU, na terça-feira (23/9), quando se cumprimentaram rapidamente no plenário.

Na ocasião, Lula relatou surpresa positiva com o contato e disse acreditar que houve uma sintonia.

"Acho mesmo que pintou uma química. Aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível e aconteceu\

, declarou, destacando que considera a relação humana como 80% química e 20% emoção. Segundo o presidente brasileiro, a boa impressão abre caminho para uma relação construtiva entre as duas maiores democracias do continente.

Apesar disso, Lula reforçou que não tem urgência em marcar a agenda oficial e afirmou que pretende usar o diálogo para esclarecer informações equivocadas repassadas a Trump. Questionado sobre eventuais constrangimentos, como já ocorreu com outros líderes, respondeu:

"Não há por que ter brincadeira na relação entre dois homens de 80 anos\

Do lado americano, Trump também comentou o breve encontro. Em discurso na ONU, disse que o brasileiro lhe pareceu um “cara muito agradável” e que os dois combinaram de se ver novamente na semana seguinte.

"Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química, e isso é um bom sinal\

, disse o presidente dos Estados Unidos, acrescentando que só faz negócios com pessoas de quem gosta.

O chanceler Mauro Vieira havia sinalizado que o diálogo poderia acontecer por telefone ou videoconferência, mas agora cresce a possibilidade de uma reunião presencial. Para Lula, o essencial é estabelecer uma pauta positiva, que trate de paz mundial e do fortalecimento das relações entre os dois países, independentemente de ideologias.

O presidente brasileiro destacou ainda que respeita qualquer chefe de Estado eleito democraticamente, reforçando que a prioridade é garantir boas relações diplomáticas e evitar conflitos.