Lula firma sete acordos com Malásia durante cúpula da Asean para impulsionar exportações
Parcerias envolvem semicondutores, ciência, agricultura e diplomacia para ampliar presença do Brasil na Ásia
O poder de compra dos produtores de café em São Paulo apresentou forte avanço em outubro de 2025, de acordo com análise do Centro de Pesquisas da Esalq-Cepea, da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP).
Crescimento da demanda e preços altos aumentam lucros dos produtores de café
Foto: Reprodução/Freepik
O preço da saca de 60 quilos do café arábica operou na casa dos R$ 2.200, enquanto o robusta manteve-se próximo dos R$ 1.350. Este cenário permitiu que produtores precisassem de apenas 1,16 saca de arábica tipo 6 para adquirir uma tonelada de adubo em 2025, índice bastante inferior à média histórica de 2,6 sacas para o mesmo volume de fertilizante.
Na comparação com outubro do ano passado, o ganho é expressivo: antes, eram necessárias 1,44 saca para a compra do insumo. Os pesquisadores do Cepea atribuem o bom momento à retomada das chuvas nas regiões produtoras, o que também estimula a adubação e pode favorecer o desenvolvimento da próxima safra.
Depois de altas entre junho e agosto, o mercado brasileiro de café sofreu recuo de até 11% na segunda quinzena de setembro de 2025. Segundo o Cepea, entre os dias 15 e 22 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq do café arábica, na capital paulista, caiu 10,2%, encerrando o período a R$ 2.133,08 a saca. O robusta acompanhou a tendência, registrando queda de 11,1% no Espírito Santo, fechando cotado a R$ 1.313,22.
Entre os fatores apontados estão a expectativa de chuvas mais volumosas nas áreas de produção, a realização de lucros e a liquidação de posições de compra na Bolsa de Nova York. Há ainda possibilidade de revisão das tarifas dos Estados Unidos sobre o café brasileiro, o que impacta diretamente o ambiente de negócios.
Mesmo com a queda, o Cepea considera que os preços seguem elevados, resultado da oferta restrita, estoques reduzidos e da sobretaxa aplicada ao café brasileiro nos Estados Unidos.
Na última semana de agosto, os preços do café nacional voltaram a subir. O encerramento da colheita revelou volume restrito e entraves no beneficiamento do produto, provocando novas pressões de alta. De acordo com o Cepea/Esalq, o robusta registrou avanço de 43% na medição parcial do mês no Espírito Santo, fechando a R$ 1.469,43 em 25 de agosto.
O arábica também teve ganhos marcantes: a saca chegou a R$ 2.287,56, alta de 26,3%. Segundo o centro de estudos, o impulso foi causado principalmente pelos estoques ajustados e pela confirmação de perdas no beneficiamento.
O tarifaço dos EUA sobre o café brasileiro permanece como vetor de volatilidade, agravando o cenário de incerteza e influenciando decisões comerciais no país.
O setor cafeeiro nacional viu-se diante de incertezas com o anúncio dos Estados Unidos, maior mercado para o café do Brasil, de uma tarifa de 50% sobre as importações do grão. Segundo o centro de estudos da USP, alguns setores brasileiros escaparam do aumento tributário, mas café, carne bovina e frutas foram diretamente afetados.
Como consequência, parte da produção nacional pode ser, estrategicamente, redirecionada para outros mercados, exigindo agilidade logística por parte do setor.
Os pesquisadores do Cepea destacam ainda que, além das tarifas, o preço doméstico do café depende das oscilações nas bolsas internacionais de Nova York e Londres, muitas vezes impulsionadas pela atuação especulativa de fundos.
Em 2024, o Brasil respondeu por cerca de 23% das compras norte-americanas de café, segundo a Comissão de Comércio Internacional dos EUA (USITC). Colômbia e Vietnã responderam, respectivamente, por 17% e 4%. No caso do arábica, o Brasil mantém a liderança nas exportações aos EUA, enquanto a Colômbia permanece isenta da nova tarifa. Para o robusta, há negociação para redução da alíquota de 46% para 20%.
O Cepea chama atenção para o impacto estrutural da taxação americana sobre o setor: como os Estados Unidos não produzem café, a elevação dos custos de importação atinge diretamente toda a cadeia interna, afetando torrefadoras, cafeterias, indústrias de bebidas e varejo.
A exclusão do café do pacote tarifário é não apenas desejável, mas estratégica, tanto para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira quanto para a estabilidade da cadeia de abastecimento norte-americana. Renato Ribeiro, pesquisador de café do Cepea
Apesar do bom resultado financeiro da safra 2024/25, a comercialização da safra seguinte avança de forma lenta. A queda nas cotações, somada à instabilidade no cenário internacional, leva produtores a vender volumes mínimos de café, optando por segurar a produção à espera de decisões sobre a política tarifária dos Estados Unidos.
Parcerias envolvem semicondutores, ciência, agricultura e diplomacia para ampliar presença do Brasil na Ásia
POLíTICA
POLíTICA
POLíTICA
POLíTICA
POLíTICA
POLíTICA
POLíCIA
POLíCIA
POLíCIA
POLíCIA
POLíTICA
POLíTICA
Parcerias envolvem semicondutores, ciência, agricultura e diplomacia para ampliar presença do Brasil na Ásia
POLíTICA
POLíTICA
POLíTICA
POLíTICA
POLíTICA
POLíTICA
POLíCIA
POLíCIA
POLíCIA
POLíCIA
POLíTICA
POLíTICA