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Gato adotado por Delegacia da Mulher em SP ajuda a acolher vítimas de violência

B.O, felino laranja de cerca de 7 anos, ganhou uniforme, crachá e o apelido de “delegato” ao tornar o ambiente da Delegacia da Mulher de São João da Boa Vista mais leve para mulheres e crianças

25/11/2025 às 11:38 por Redação Plox

Um gato laranja, de uniforme e crachá, vem ajudando a transformar a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São João da Boa Vista (SP) em um ambiente mais acolhedor para mulheres vítimas de violência e seus filhos. Adotado pela equipe, o mascote foi “promovido” a delegato e batizado de B.O, em referência ao Boletim de Ocorrência.

O gatinho B.O atua como mascote da Delegacia de Defesa da Mulher em São João da Boa Vista (SP)

O gatinho B.O atua como mascote da Delegacia de Defesa da Mulher em São João da Boa Vista (SP)

Foto: Reprodução / DDM.


O felino sem raça definida circula livremente pela unidade e costuma fazer companhia às vítimas que aguardam atendimento, especialmente crianças que acompanham as mães. A presença do animal ajuda a quebrar a rigidez típica de uma delegacia e a reduzir a tensão em momentos delicados.

Gato vira aliado no atendimento às vítimas

B.O está na DDM há cerca de dois meses e rapidamente virou parte da rotina da equipe. Com uniforme próprio e crachá pendurado, o gato chama a atenção de quem chega ao local e se tornou um ponto de acolhimento em meio às denúncias de violência doméstica.

A gente recebe muitas mulheres vítimas de violência doméstica com crianças, e pensamos em transformar o ambiente e deixar mais acolhedor, menos austero, porque delegacia é geralmente assim e queremos mudar esse paradigma. Ele é uma ferramenta a mais que a gente tem para distrair as crianças e tem funcionado bem

investigador Leandro Moreira, 40 anos

Com miados, carinho e presença constante, o “delegato” ajuda a suavizar uma rotina marcada por relatos difíceis e situações de alta vulnerabilidade.

De ONG ao colo dos policiais

O gato, que tem cerca de 7 anos, foi adotado de uma ONG de proteção animal. Segundo a equipe, havia receio de que ele pudesse fugir, por não estar acostumado ao movimento da delegacia, mas a adaptação foi rápida.


B.O, porém, se encaixa no estereótipo do gato independente: gosta de sombra, água fresca, bastante chamego e costuma explorar todos os cantos da unidade. Curioso, fuça em gavetas, sobre mesas e armários, e às vezes provoca pequenos incidentes, como derrubar objetos durante suas andanças.


Antes de ser adotado, o animal estava magro e precisava de cuidados. Hoje, ganhou lar, companhia diária e virou parte da rotina dos servidores. Com as quatro patas sobre arquivos que guardam casos pesados, ele ajuda, silenciosamente, a tornar mais leve o dia de quem procura ajuda na delegacia.

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