Malafaia apresenta supostas provas contra denúncia de golpe envolvendo Bolsonaro

O pastor Silas Malafaia utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (25) para rebater a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que o acusa de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Foto: ARP

Durante uma gravação, Malafaia classificou a acusação como parte de uma perseguição política e apresentou o que, segundo ele, seriam provas da inexistência do crime atribuído a Bolsonaro. A primeira delas, conforme destacou, é a escolha da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o caso, o que, segundo o pastor, seria um indício de manipulação do processo.

– Se realmente tivesse havido tentativa de golpe, a gravidade do caso exigiria julgamento pelo plenário do STF, composto por todos os 11 ministros. Mas não, foi para a Primeira Turma, onde já se conhece o posicionamento dos membros – afirmou.

Em outro ponto, Malafaia relembrou que após a derrota nas eleições de 2022, Jair Bolsonaro abriu as portas do Palácio do Planalto para a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, liderada por Geraldo Alckmin. Para ele, essa atitude não condiz com quem estaria planejando um golpe.

Além disso, o pastor mencionou a nomeação do general Júlio Cesar de Arruda para o comando do Exército, feita por Bolsonaro, embora o militar tenha sido indicado por Lula. Na visão de Malafaia, isso contradiz a narrativa de golpe.

– Como alguém vai dar golpe com um comandante do Exército escolhido pelo adversário político? Isso é uma piada – declarou.

A delação do tenente-coronel Mauro Cid também foi alvo de críticas por parte do religioso. Segundo ele, trata-se de uma delação inconsistente, alterada mais de dez vezes sob pressão do ministro Alexandre de Moraes.

– Uma delação cheia de versões, fruto de ameaças à família de Cid. Nada de provas concretas – disse.

Outra alegação apresentada por Malafaia é o fato de Bolsonaro ter deixado o Brasil rumo aos Estados Unidos, o que, na opinião do pastor, o impediria de comandar qualquer ação golpista à distância.

– Como ele poderia liderar algo assim lá dos EUA? Estamos falando de senhoras de 64 a 73 anos, que não tinham sequer pedras nas mãos – pontuou.

Por fim, Malafaia questionou a rapidez com que a denúncia foi levada ao STF, classificando o andamento como apressado demais para uma análise responsável do processo.

O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo encerrou a gravação reforçando a tese de que a denúncia é parte de um movimento de perseguição política contra Bolsonaro.