Após prisão de Collor, petistas preveem detenção de Bolsonaro ainda em 2025

A recente prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello reacendeu entre lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) a convicção de que Jair Bolsonaro (PL) também será detido ainda este ano. Para aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Supremo Tribunal Federal (STF), sob a condução firme do ministro Alexandre de Moraes, não deverá tolerar ações destinadas a adiar o julgamento de Bolsonaro, que é acusado de tentativa de golpe.

Foto: Presidência

Entre os mais otimistas está o deputado federal Rogério Correia (PT), que destacou que a postura adotada no caso Collor serve como indicativo do que poderá ocorrer com o ex-presidente Bolsonaro. Correia lembrou que o STF, diante da longa tramitação do processo contra Collor, decidiu, por unanimidade de cinco votos, determinar sua prisão imediata, justamente para não aceitar medidas meramente protelatórias.

"O Supremo Tribunal Federal tomou uma medida em relação ao caso Collor de Melo, que já vinha se arrastando há muito tempo, que é de não aceitar medidas meramente protelatórias. Por isso, por 5 a 0, definiu pela prisão imediata de Collor de Melo.

Com certeza isso vai caber também no caso daqueles que estão sendo investigados por tentativa de golpe, o caso Jair Bolsonaro, vários generais e outros que comandaram essa tentativa de golpe

," afirmou o parlamentar.

O julgamento de Bolsonaro está agendado para setembro. Segundo a projeção de Rogério Correia, o processo deve ser concluído até outubro, com possíveis recursos sendo analisados até dezembro. O deputado acredita que, diante da abundância de provas e da rejeição de manobras que possam atrasar a decisão, a prisão do ex-presidente é iminente.

A expectativa é reforçada pela recente postura do Supremo em relação a outros investigados por tentativa de golpe, incluindo generais e políticos que teriam participado da articulação. Para a base governista, a condenação e consequente detenção de Bolsonaro e seus aliados são apenas uma questão de tempo.

A prisão de Collor, que permanece detido em Maceió enquanto aguarda a decisão definitiva do STF, é vista como um sinal de que o Supremo não pretende estender indefinidamente processos que envolvem figuras de alta relevância política.

A notícia de que petistas enxergam uma janela concreta para a prisão de Bolsonaro movimenta ainda mais o já conturbado cenário político nacional, indicando que o segundo semestre de 2025 poderá ser de grandes impactos no país.