Polícia conclui que mãe matou filha, avó e cachorros antes de se matar em caso do Barro Preto, em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou o inquérito sobre a trágica morte de três integrantes de uma mesma família no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A conclusão é de que houve um homicídio seguido de suicídio.

Foto: Rede Social

Segundo informações da Delegacia Especializada de Homicídios Leste, a responsável pelas mortes seria Daniela Antonini, de 42 anos. Ela teria premeditado o ato, matando sua mãe, Cristiana Antonini, de 68 anos, sua filha de 1 ano e 7 meses, Giovanna Antonini, e também quatro cachorros da família. Posteriormente, ela tirou a própria vida.

De acordo com a delegada Iara França Camargos, Daniela vedou completamente o cômodo do apartamento, preparou braseiros com carvão e se deitou ao lado da filha e da mãe, esta última já sob efeito de medicação. O ambiente foi encontrado pela Polícia Militar no dia 9 de maio, mas as mortes teriam ocorrido na noite do dia 6 do mesmo mês.

As vítimas foram localizadas em estado avançado de decomposição, deitadas em uma cama com o ambiente lacrado. Os animais estavam no chão do mesmo cômodo, onde também havia bandejas com carvão queimado. A causa da morte foi asfixia por monóxido de carbono, com níveis elevados da substância detectados no sangue das vítimas.

A polícia revelou que Daniela deixou uma carta antes do ato, com trechos como “só Deus é o meu juiz”, “tentei além do meu limite” e “sinto muito”. A investigação aponta dificuldades financeiras, o estado de saúde da bebê — diagnosticada com atresia do esôfago — e questões psiquiátricas enfrentadas por Daniela como os principais fatores motivadores da tragédia.

Como a suspeita também morreu, o inquérito foi encerrado com pedido de arquivamento.

O caso comoveu a população e trouxe à tona debates sobre saúde mental, especialmente diante de situações de desespero e sofrimento psicológico intensos.