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Política

Deputados pressionam Hugo Motta após Senado rejeitar PEC da Blindagem

Subtítulo: Parlamentares cobram resposta firme à recusa do Senado e ameaçam travar projetos e ações na CPI do INSS.

26/09/2025 às 11:07 por Redação Plox

Deputados federais estão cobrando do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma reação mais incisiva após a rejeição da PEC da Blindagem no Senado. A proposta, aprovada anteriormente na Câmara por ampla maioria (353 votos a 134), foi descartada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, causando forte insatisfação entre parlamentares da base governista e do centrão.

Imagem Foto: Agência Senado


Nos bastidores, líderes partidários discutem possíveis medidas de retaliação, como a paralisação de projetos de interesse dos senadores e o redirecionamento das investigações da CPI do INSS para incluir parlamentares da Casa Alta. Além disso, há pressão para que Motta torne pública uma suposta quebra de acordo por parte do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).


Rejeição da PEC e reação da Câmara


A PEC da Blindagem previa que a abertura de processos criminais contra membros do Congresso dependeria de autorização das respectivas Casas. Motta articulou pessoalmente o apoio à proposta, alegando que havia um entendimento com Alcolumbre para que o texto fosse rapidamente votado no Senado.


No entanto, ao invés de ir diretamente ao plenário, o projeto foi enviado à CCJ, onde acabou rejeitado. Interlocutores do presidente do Senado negam que houvesse acordo firmado com a Câmara sobre o tema.


Manifestações e crise interna


A rejeição da proposta provocou desgaste nas redes sociais e gerou manifestações em todas as 27 capitais do país no domingo (21). Pressionados pela opinião pública, alguns deputados chegaram a pedir desculpas aos eleitores por terem votado a favor da PEC.


Além disso, parlamentares reclamam que senadores não apenas rejeitaram o texto, como também criticaram a Câmara, acusando os deputados de tentarem proteger criminosos. A postura do Senado gerou um pedido explícito de deputados para que Motta se posicione em defesa da Casa.


CPI do INSS e ameaças de retaliação


Entre as possíveis ações em estudo, está a insistência para a quebra de sigilos de gabinetes do Senado supostamente visitados por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como operador de desvios no Instituto Nacional de Seguridade Social. Alcolumbre vetou o compartilhamento dessas informações com a CPMI sob argumento de privacidade.


Líderes do centrão afirmam que apresentarão requerimentos para pressionar a abertura desses dados e atingir diretamente senadores envolvidos.


Desgaste entre Motta e Alcolumbre


A relação entre Motta e Alcolumbre, que vinha sendo descrita como próxima desde as eleições para os comandos das duas Casas, também parece estremecida. Aliados do presidente da Câmara afirmam que Alcolumbre chegou a ignorar suas ligações após a votação da CCJ. Mesmo assim, os dois foram vistos juntos em um jantar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (24), onde mantiveram uma conversa reservada.


Ao ser questionado sobre a suposta quebra de acordo, Motta minimizou a situação:


“Não tem sentimento de traição nenhuma. Até porque temos a condição de saber que não obrigatoriamente uma Casa tem que concordar 100% com aquilo que a outra aprova. Já tivemos vários episódios em que o Senado discordou da Câmara e a Câmara discordou do Senado. Isso é natural da democracia e do funcionamento do Congresso”, disse. disse à Folha de São Paulo.


Clima de desconfiança e impasse legislativo


Deputados ouvidos pela Folha afirmam que o episódio fragilizou a imagem de Motta e lançaram dúvidas sobre sua capacidade de liderar articulações conjuntas com o Senado. Muitos já sinalizam resistência a futuros acordos, exigindo reuniões formais entre as lideranças das duas Casas antes da votação de propostas polêmicas.


O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto que trata da redução de penas para os condenados dos atos golpistas, expressou receio de que a proposta tenha o mesmo destino da PEC da Blindagem:


“Não dá para pacificar o país se a Câmara e o Senado estão em guerra”, afirmou à Folha.



A reunião que trataria do assunto, marcada para quarta-feira (24), acabou cancelada a pedido de Alcolumbre. Paulinho prometeu tentar remarcar o encontro para a próxima semana, mas avisou: o projeto só avançará com respaldo do Senado.

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