As exportações da indústria de Mato Grosso do Sul somaram US$ 6,51 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, o que representa alta de 16% em relação a 2024. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24) pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems).

Embora outubro tenha registrado retração nas vendas externas, o estado ainda caminha para encerrar 2025 com o maior volume exportado da série histórica. No mês, Mato Grosso do Sul exportou US$ 710,6 milhões, queda de 5% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas atingiu um recorde no acumulado de janeiro a outubro.

Indústria concentra a maior parte das vendas externas

De acordo com a Fiems, a indústria respondeu por 79% de toda a receita gerada com vendas externas em outubro e por 72% no acumulado do ano, o que reforça o peso do setor na economia sul-mato-grossense.

Três grupos industriais são os principais responsáveis pelo avanço e, juntos, representaram 81% de tudo o que o estado exportou no período:

• celulose e papel;
• complexo frigorífico;
• óleos vegetais.

Celulose e papel lideram as exportações

O segmento de celulose e papel ocupa a primeira posição no ranking, com US$ 2,6 bilhões exportados. As vendas são puxadas, sobretudo, pela pasta química de madeira, tendo como principais destinos China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Turquia.

Complexo frigorífico e óleos vegetais em destaque

Na sequência aparece o complexo frigorífico, que registrou US$ 1,9 bilhão em exportações, com ênfase na carne bovina e no peito de frango. Entre os principais mercados compradores estão China, Estados Unidos, Chile, México e Japão.

O setor de óleos vegetais faturou US$ 475,6 milhões no período. O desempenho é impulsionado por farelos, pellets e óleo de soja, com embarques direcionados principalmente para Holanda, Indonésia, Índia, Polônia e Espanha.

Mato Grosso do Sul amplia presença no mercado externo

Com esse ritmo, a indústria mantém Mato Grosso do Sul entre os estados que mais ampliaram participação no mercado internacional em 2025, consolidando o avanço da produção local no comércio exterior.