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Política
Moraes cita prisão de Lula para manter Bolsonaro na PF em sala de Estado-Maior
Ministro do STF usa custódia de Lula em 2018 como referência para decidir que Jair Bolsonaro cumpra pena de 27 anos e três meses em instalações da Polícia Federal em Brasília, evitando transferência imediata para a Papuda
26/11/2025 às 07:27por Redação Plox
26/11/2025 às 07:27
— por Redação Plox
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continue preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília (DF), onde está desde sábado (22), para cumprir a pena de 27 anos e três meses.
Ministro Alexandre de Moraes
Foto: Fellipe Sampaio /STF
Moraes usa caso Lula como referência para decisão
Ao definir que Bolsonaro permaneça na estrutura da PF, Moraes citou a forma como foi executada, em 2018, a prisão do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, Lula também ficou custodiado em instalações da Polícia Federal, em Curitiba.
Na decisão atual, o ministro determinou a expedição do mandado de prisão e a manutenção de Bolsonaro em sala de Estado-Maior na Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, onde já se encontra em razão de prisão preventiva.
Expeça-se o mandado de prisão, que deverá ser cumprido na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal […], devendo permanecer o réu naquela sala de Estado-Maior (PET 8.213/PR – MC, Rel. Min. EDSON FACHIN, j. 07/08/2019), onde se encontra custodiado em virtude de prisão preventiva
Alexandre de Moraes
Exames médicos e início da execução da pena
Na mesma decisão, Moraes ordenou a realização de exames médicos oficiais para o início da execução da pena. O ministro determinou que sejam incluídas no laudo as observações clínicas consideradas indispensáveis para um tratamento penitenciário adequado.
STF busca evitar comoção com eventual transferência
Segundo a decisão, uma transferência imediata de Bolsonaro para a Penitenciária da Papuda poderia provocar forte comoção popular e política, algo que o STF tenta evitar neste momento. A prisão de um ex-presidente acusado de tentativa de golpe é tratada na Corte como um fato de alto potencial de desgaste institucional, razão pela qual se busca conduzir o processo de forma discreta.
Diferenças em relação à Lava Jato
Um dos objetivos da manutenção de Bolsonaro na PF é, de acordo com a decisão, ressaltar a diferença de postura do atual comando da Polícia Federal em relação ao período da Operação Lava Jato. Quando Lula foi preso em 2018, uma multidão de apoiadores se concentrou em frente à sede da PF em Curitiba, o que evidenciou a polarização política em torno da medida determinada pelo então juiz Sergio Moro.
Neste novo cenário, a orientação é reduzir a exposição e o potencial de mobilização de rua, enquanto se cumpre a decisão judicial de manter o ex-presidente em ambiente sob responsabilidade da Polícia Federal.
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