Ainda falta virar o ano, mas quem gosta de se planejar já pode marcar uma data importante em 2027: um eclipse solar total deve deixar parte da Terra no escuro por até 6 minutos e 22 segundos. De acordo com a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), o fenômeno está previsto para 2 de agosto e acontecerá ao longo de uma faixa com cerca de 257 quilômetros de largura.
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Apelidado de “Eclipse do Século” pelo site especializado em eventos astronômicos Space, o evento deve ser o eclipse solar total de maior duração em terra desde 1991. Segundo o portal, não há previsão de que um fenômeno semelhante volte a ocorrer antes de 2114.
O eclipse será visível ao longo de uma trajetória que atravessará África, Europa, Oriente Médio e partes da Ásia Ocidental. A faixa de totalidade passará por Marrocos, Espanha, Argélia, Líbia, Egito, Arábia Saudita, Iêmen e Somália.
Fora dessa faixa, o fenômeno poderá ser observado de forma parcial, com apenas parte do Sol encoberta pela Lua. O ponto de maior duração da escuridão total estará no Egito, onde o dia dará lugar à noite por 6 minutos e 22 segundos.
O deslocamento da sombra sobre a superfície terrestre deve durar cerca de 3 horas e 20 minutos, com início às 8h26 e término às 11h48 (horário de Brasília). Especialistas apontam que uma combinação de fatores astronômicos vai contribuir para a longa duração do evento.
O principal é que a Terra estará no afélio, ponto de sua órbita em que se encontra mais distante do Sol, o que faz com que o astro pareça ligeiramente menor no céu. Ao mesmo tempo, a Lua estará no perigeu, sua posição mais próxima da Terra.
Outro fator relevante é que a sombra do eclipse cruzará regiões próximas à linha do Equador, onde a velocidade aparente da Lua em relação à superfície terrestre é menor, prolongando o tempo de escuridão em cada ponto da faixa de totalidade.
O eclipse solar total acontece quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, bloqueando completamente a luz solar em áreas específicas do planeta. A projeção da sombra lunar cria a chamada faixa de totalidade, região em que o dia se transforma em noite por alguns minutos.
De acordo com a Nasa, boas condições meteorológicas, com destaque para o céu limpo, serão essenciais para uma observação adequada do fenômeno nos locais onde o eclipse for total.
Antes do “Eclipse do Século”, 2026 também terá uma agenda movimentada de eventos astronômicos. Em 17 de fevereiro, está previsto um eclipse solar anular, com o característico formato de “anel de fogo”, visível em partes do Oceano Pacífico e da Antártida. No Brasil, o fenômeno aparecerá de forma parcial.
Outro eclipse solar ocorrerá em 12 de agosto, cruzando o Ártico, Groenlândia, Islândia, Oceano Atlântico, Portugal e o norte da Espanha, o que já vem mobilizando agências de turismo interessadas em pacotes de observação.
No caso da Lua, estão previstos dois eclipses em 2026. Em 3 de março, haverá um eclipse lunar total, conhecido como Lua de Sangue, com visibilidade em várias regiões do Brasil. Já em 28 de agosto, um eclipse lunar parcial também poderá ser observado em diversas áreas do País.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
