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Nesta sexta-feira, durante uma reunião no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma promessa à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Lula afirmou que o governo está empenhado em lutar para restabelecer as competências do ministério, que foram retiradas por meio de uma medida provisória de reestruturação da Esplanada aprovada em uma comissão mista da Câmara. Essa medida, enviada pelo Executivo ao Congresso, sofreu alterações e esvaziou a pasta, mas ainda assim recebeu o apoio do Planalto na votação. Além de Marina Silva, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também recebeu a mesma promessa do presidente durante o encontro.
Otimismo em relação à reversão das perdas
Marina Silva, em entrevista à CNN Brasil, expressou otimismo em relação à capacidade do Executivo de convencer os parlamentares a reverterem as perdas antes da votação da medida provisória em plenário. Ela destacou os esforços do governo em manter a estrutura original da medida provisória, aprovada pelo presidente Lula no primeiro dia de seu governo, com o objetivo de restabelecer as competências do Ministério do Meio Ambiente em relação a recursos hídricos, ao serviço florestal brasileiro, à reconstrução do Ibama, entre outras medidas. Marina ressaltou que há uma situação delicada no Congresso Nacional, com uma maioria de parlamentares que desejam reeditar a estrutura e as políticas do governo anterior.
Marina Silva: "Sou uma mulher de luta e de paz"
A ministra do Meio Ambiente reforçou sua posição de permanência no cargo e negou qualquer intenção de pedir demissão. Ela afirmou que a decisão de quem fica e quem sai é exclusivamente do presidente Lula, e que se sente honrada por ter sido convidada para o ministério pela terceira vez. Marina enfatizou que o governo é uma frente ampla e que a agenda ambiental não pertence a um setor ou partido específico, mas sim à sociedade como um todo. Ela destacou a importância de estar dentro do governo para viabilizar políticas de combate ao desmatamento e desenvolvimento sustentável, e expressou confiança em superar as dificuldades para fazer com que o Brasil seja reconhecido como uma potência ambiental.
Sônia Guajajara reafirma compromisso com os povos indígenas
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, utilizou as redes sociais para comentar o encontro com o presidente Lula, ressaltando a importância da reunião para reafirmar o compromisso de amparo aos povos indígenas e garantir uma pauta ambiental sólida. Ela reiterou seu empenho em estabelecer diálogos que possam preservar os direitos indígenas.
Articulação e avaliação dos próximos passos
Após o encontro, apenas os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais e Rui Costa (Casa Civil) concederam entrevistas. Padilha explicou que Marina e Sônia tinham compromissos a cumprir, embora não houvesse nada programado em suas agendas oficiais.
Rui Costa informou que durante a reunião foi feita uma avaliação da votação junto às ministras envolvidas e aos líderes do governo no Congresso. Ele ressaltou a importância do diálogo com os parlamentares e destacou que, com a ajuda de Padilha, será realizado antes da votação da medida provisória em plenário.
Costa mencionou que a maior parte dos pontos da medida provisória preservou o conceito original proposto pelo governo, mas reconheceu que alguns pontos foram alterados de maneira desalinhada com as políticas que precisam ser implementadas. Ele afirmou que o governo continuará trabalhando para retomar o conceito original dos pontos modificados durante a tramitação da medida provisória em outros espaços legislativos.
Padilha complementou afirmando que, mesmo que as mudanças permaneçam, o governo tem instrumentos para dar continuidade à agenda de sustentabilidade e às demandas ambientais. Ele ressaltou que não há esvaziamento da agenda da sustentabilidade, uma vez que os ministérios atuam de forma coordenada e articulada.
Influência da bancada ruralista e alerta sobre o prazo
Segundo fontes, as restrições ambientais impostas pelo governo geraram um forte lobby do agronegócio por meio da bancada ruralista. O presidente da bancada, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), classificou o texto da medida provisória como resultado de conversas com o relator, Isnaldo Bulhões, que atendeu parcialmente aos interesses do grupo ao colocar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Ministério da Gestão e da Inovação, e não no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Lupion ressaltou que o governo precisa calcular cuidadosamente seus próximos passos e destacou que o diálogo é aceitável, mas retroceder nas demandas apresentadas não é uma opção. Ele levantou questionamentos sobre o apoio e a base de sustentação do governo, além de mencionar o volume de propostas a serem votadas antes do prazo de vencimento da medida provisória, que é 1º de junho.
Lupion alertou que o governo deveria ter dialogado quando o relatório foi elaborado, não no momento atual. Ele ressaltou a possibilidade de a medida provisória não ser aprovada devido à quantidade de propostas em tramitação.
Em meio a esse contexto, o governo continuará buscando soluções e trabalhando para preservar a agenda de sustentabilidade e implementar suas políticas ambientais, mesmo diante dos desafios apresentados.
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