Minas Gerais registra quase 13 mil casos de Aids em três anos

Durante os últimos três anos, Minas Gerais notificou 12.980 casos de Aids, uma realidade que destaca a contínua presença e desafio do HIV. Neste Dezembro Vermelho, mês dedicado à prevenção da infecção pelo HIV e ao combate à Aids, o governo estadual, através da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), está intensificando suas ações de conscientização. Atualmente, 55.122 pessoas estão em tratamento no estado.

Estratégias de Prevenção e Tratamento

O estado conta com 75 Serviços de Atendimento Especializado (SAE), Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM), distribuídos em 65 municípios. Estes centros oferecem consultas multiprofissionais e a distribuição de antirretrovirais. Cecília Helena de Oliveira, da coordenação estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids e Hepatites Virais da SES-MG, enfatiza a importância do SUS no tratamento e na melhoria da qualidade de vida dos portadores do vírus.

Diagnóstico e Distribuição de Insumos

O diagnóstico do HIV é feito através de testes rápidos disponíveis em unidades de saúde, e o tratamento inicia-se em uma média de sete a 15 dias após o diagnóstico. Em 2022, Minas Gerais distribuiu 29 milhões de insumos para prevenção, incluindo preservativos masculinos e gel lubrificante, além de 1,2 milhão de testes rápidos.

Desafios e Importância da Prevenção

Tatiani Fereguetti, gerente assistencial do Hospital Eduardo de Menezes (HEM), destaca que, apesar dos avanços, a discriminação e o preconceito ainda são desafios significativos. Ela ressalta a importância das estratégias de prevenção combinada disponíveis no SUS, incluindo preservativos, vacinas e medicamentos como a PEP (profilaxia pós-exposição) e a PrEP (profilaxia pré-exposição).

Estatísticas e Consultas Especializadas

Em 2021, foram notificados 4.628 casos de HIV/Aids em Minas Gerais, 4.751 em 2022, e 3.601 casos até novembro de 2023. Os pacientes diagnosticados com HIV são atendidos por equipes multidisciplinares e recebem tratamento conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. As primeiras consultas relacionadas à infectologia são agendadas pela Central de Marcação de Consultas (CMC) de Belo Horizonte, e os retornos são organizados na própria unidade de saúde.